O Legislativo local promoveu na quinta-feira, 10 de novembro, a partir das 19h00, mais uma edição do programa “Câmara Itinerante”. O evento aconteceu no salão anexo à Igreja de São Francisco, no bairro Carloni.
Deixaram de comparecer os vereadores: Danilo Martins de Oliveira, Didinho, e Wilson Ruiz de Oliveira.
Diferentemente das edições anteriores, que contaram com pouca participação popular, naquela oportunidade compareceu um número expressivo de moradores daquelas imediações.
O evento visa uma maior aproximação da população com os vereadores, para que as pessoas possam apresentar os principais problemas e deficiências, bem como as possíveis soluções que poderão ser apresentadas ao executivo.
Naquela oportunidade várias pessoas apresentaram seus questionamentos e ou possíveis soluções para as deficiências e ou problemas que afligem os moradores daquela região.
O principal questionamento seria a lentidão da reforma do posto de saúde do bairro Carloni, fazendo com que os usuários da saúde tenham que se deslocar até outras unidades de saúde e que se encontram a grandes distâncias.
Marisa Gomes Marques
A primeira a se pronunciar foi Marisa Gomes Marques, além de reclamar da morosidade da reforma do posto de saúde, ela ainda alegou que as consultas médicas e a coleta de material para exames clínicos estão sendo agendados para datas futuras ainda muito distantes, e que em virtude da demora no atendimento algumas pessoas acabaram falecendo, antes mesmo de serem atendidas.
Outra reclamação dela é com relação ao transporte coletivo, que teriam sido reduzidos alguns horários e pontos de embarque e desembarque de passageiros.
Maritê
Além da falta de atendimento do posto de saúde que se encontra em reforma, a senhora “Maritê” alegou que nos bairros adjacentes não existe uma atividade saudável e nem diversão para as crianças e jovens; que as ruas teriam uma iluminação noturna deficiente, entre outras mazelas.
Fernanda Paulino Dias Lopes
Ela também denunciou a precariedade da iluminação noturna na ponte sobre o Rio Guaxupé, a ausência de um parquinho para diversão das crianças, e a precariedade de uma quadra de voleibol existente naquelas imediações.
Arlete dos Santos Pedroso
Arlete discorreu a respeito dos seus problemas de saúde, e de seus familiares, que não conseguem um atendimento especializado; que ela necessita de um procedimento cirúrgico em virtude varizes, porém não tem conseguido o atendimento na rede pública.
Outro problema apresentado por ela são as enchentes no período chuvoso, que acarretam prejuízos e pavor nos moradores da Vila Progresso.
Adilson José da Silva
Ele falou a respeito do barulho provocado pelos caminhões no Parque dos Imigrantes, principalmente no período noturno; que ele, como as demais pessoas moradoras nas ruas Mons. Brás Baffa e Expedicionário Ricardo Fantini, trabalham durante o dia, porém não conseguem dormir à noite em virtude do ruído provocado pelos caminhões.
Maria de Fátima Resende
Ela questionou a precariedade da iluminação noturna do bairro Alvorada, principalmente na Rua Antônio Batista; disse que o posto de saúde da Vila Carloni está desativado a mais de um ano e que a reativação do mesmo deve acontecer de forma “urgente”. Ela também alegou que existe uma passarela naquelas imediações, porém a mesma estaria sem condições de uso, que no período noturno aquele local está sendo usado por usuários de drogas ilícitas.
Maria Aparecida Domiciano
Maria Aparecida mencionou os problemas de alagamentos na Rua Chile, em virtude de uma suposta falta de drenagem.
Maria Amélia Augusto
No entendimento de Maria Amélia muitas das inundações que ocorrem na Vila Progresso seriam em virtude de “bueiros entupidos”; que em virtude disto, na Rua Ana Querubina de Carvalho, em dia de chuva, a enxurrada entra em determinadas casas, causando prejuízos e transtornos aos respectivos moradores. Ela também pleiteou a poda de galhos de árvores que estão atingindo a rede elétrica, além de telhados das casas.
Maria Amélia declarou que gostaria de saber qual vai ser a destinação do prédio do extinto Clube Operário, imóvel que foi cedido em comodato para a municipalidade.
Professor Ivan Cesar Basseti
Dentre os vários problemas apresentados por ele constam: a poda das árvores e a criação de uma escola de segundo grau naquelas imediações. Ele alegou que em Guaxupé existem somente duas instituições que ministram estes cursos, a Escola Dr. Benedito Leite Ribeiro (Ginásio Estadual) e o Escola Dr. André Cortez Granero, (Polivalente), porém a cidade cresceu muito. Desta forma fica muito difícil a frequência de alunos moradores em bairros distantes, como é o caso do bairro Carloni.
Simone
No entendimento dela a administração municipal deveria ter demolido o prédio que abriga o posto de saúde da Vila Carloni e construído outro, novo, dentro das especificações técnicas, o que seria mais funcional, resolvendo definitivamente os problemas das constantes reformas e ou ampliações.
Ela denunciou que as edificações da antiga estação ferroviária de Guaxupé estariam ociosas e que a Prefeitura estaria pagando aluguel de prédios particulares para funcionamento de repartições públicas, o que em tese estaria causando prejuízos aos cofres públicos.
Finalmente ela declarou que estaria sendo “mau recebida nos postos de saúde, por funcionárias de mau humor”.
Vereadores
Depois dos pronunciamentos das pessoas do público o presidente da Câmara Municipal, Donizetti Luciano dos Santos, abriu a palavra aos vereadores.
Num discurso inflamado a vereadora Maria José disse “que s problemas são os mesmos ao longo dos últimos 12 anos”; que está visível que a população não está satisfeita; que felizmente vivemos numa democracia e que a população tem poder do voto para mudar os governantes.
Diante de suas palavras, as pessoas aplaudiam com longas e calorosas salvas de palmas.
Parece que o pronunciamento da vereadora, e a manifestação do público, desagradaram Zétinho, tendo este pedido que ela concluísse a sua fala em virtude do avançado das horas, e dos demais vereadores que ainda iriam se pronunciar.
As pessoas do público não concordaram com a determinação do presidente, contestaram, pedindo que a vereadora continuasse, “porque ela estava falando a verdade”.
Encerrada a fala de Maria José, os demais vereadores se pronunciaram, tentando fazer um “meio de campo”, apesar da insatisfação das pessoas do público.
(Colaborou: Wilson Ferraz)