ALMG aumenta limite da verba indenizatória de deputados para R$ 31,5 mil

Share on facebook
Facebook
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on email
Email
Share on print
IMPRIMIR
Share on facebook
Share on whatsapp
Share on email
Share on print

Valor não era reajustado desde 2016; percentual foi de 16,6%

 

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) reajustou em 16,6%, de R$ 27 mil para R$ 31,5 mil, o limite mensal da verba indenizatória dos deputados estaduais. O reajuste, que não acontecia desde 2016, foi publicado no Diário do Legislativo na sexta-feira (17).

Os deputados estaduais podem realizar uma série de gastos com locação de imóvel, combustível, manutenção de veículos, consultorias, entre outros. Desde que as despesas tenham relação com o exercício do mandato, eles apresentam as notas fiscais à ALMG e pedem reembolso até o limite mensal.

Também são passíveis de reembolso gastos com locação e fretamento de veículos, passagens, hospedagem, alimentação, material de expediente, despesas gerais com informática, promoção e participação em eventos e assinaturas de publicações, periódicos e clippings.

Em nota, a ALMG ressaltou que a verba é liberada mediante requerimento e comprovação dos gastos. “A última atualização no valor da verba indenizatória foi no ano de 2016, o que demonstra grande defasagem em comparação com a evolução de preços dos serviços ao longo desse período. O índice adotado para o reajuste foi de cerca de 16%, o mesmo utilizado pela Câmara dos Deputados e por outras Casas Legislativas do País”, disse o Legislativo mineiro.

Em janeiro, a Justiça mineira determinou o bloqueio de bens no valor total de R$ 310 mil de três deputados estaduais — Carlos Henrique (Republicanos), Ione Pinheiro (União Brasil) e Gilberto Abramo (Republicanos), atualmente deputado federal — por suspeita de irregularidades no uso da verba indenizatória.

O juiz Emerson Marques dos Santos, da 1ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias, considerou que há “evidências consistentes” de que os três parlamentares se aproveitaram dos seus cargos públicos para “obter vantagens ilícitas de ordem financeira”.

Na decisão, o juiz afirma que perícia técnica concluiu que eles alugaram carros com valor muito superior ao das empresas concorrentes e foram reembolsados pela verba indenizatória paga pela ALMG. O período exato em que as locações ocorreram não é especificado na decisão, mas elas foram feitas em mandatos passados.

O bloqueio de bens não significa que os deputados foram considerados culpados. Trata-se de uma medida preventiva para garantir que, caso eles sejam condenados, terão dinheiro para ressarcir os cofres públicos. Ione Pinheiro nega qualquer irregularidade e afirma que a contratação foi fiscalizada e aprovada pelo órgão técnico de controle do Legislativo.

Além da verba indenizatória, os parlamentares também têm direito a receber auxílio-moradia de até R$ 4,3 mil caso não tenham sido proprietários de imóvel em Belo Horizonte nos 12 meses que antecedem o início de mandato.

Os deputados também podem receber ajuda de custo no início e no final do mandato, no valor do salário, atualmente R$ 29,4 mil. A ALMG ainda não atualizou os dados referentes aos novos deputados que tomaram posse no dia 1º de fevereiro.

O reajuste na verba indenizatória dos deputados estaduais ocorre dois meses depois dos parlamentares aprovarem o reajuste dos próprios salários — o projeto foi sancionado pelo governador Romeu Zema (Novo) — na esteira do reajuste dos deputados federais aprovado na Câmara dos Deputados no final de 2022.

Até o ano passado, os deputados estaduais recebiam R$ 25,3 mil mensais. A partir de janeiro deste ano, o valor passou para R$ 29,4 mil. Novo aumento já está programado em abril, para R$ 31,2 mil. O escalonamento continua: a remuneração sobe novamente para R$ 33 mil em fevereiro de 2024 e para R$ 34,7 mil em fevereiro de 2025.

 

(O Tempo)

Notícias Recentes