Minas também tem azeite bom; conheça a cidade mineira que se destaca na produção

Share on facebook
Facebook
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on email
Email
Share on print
IMPRIMIR
Share on facebook
Share on whatsapp
Share on email
Share on print

Para 2025, pesquisas impulsionam avanços e buscam minimizar impactos mudanças climáticas na olivicultura

O ano de 2024 marcou um ciclo importante para a olivicultura brasileira, com premiações que destacaram a qualidade dos azeites nacionais e uma produção expressiva na Serra da Mantiqueira. Agora, com o início de um novo período de colheita, há diferentes expectativas para a safra 2025.

No campo experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) em Maria da Fé, no Sul do estado, a colheita já começou, acompanhada por pesquisas que buscam garantir a excelência dos azeites produzidos.

Pioneira na extração de azeite extravirgem no Brasil, a Epamig acompanha de perto o comportamento da produção ao longo dos anos.

Um fator determinante para a variação na produção é a bienalidade, fenômeno característico de culturas perenes, como o café e a oliveira, que alternam anos de alta e baixa produtividade.

Segundo o coordenador do Programa Estadual de Pesquisa em Olivicultura da Epamig, Pedro Moura, essa oscilação, somada a condições climáticas adversas, deve impactar a safra deste ano.

“Em conjunto com a Associação dos Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira (Assoolive), estimamos que a produção na região Sudeste em 2025 fique entre 40% e 50% do volume registrado no ano passado, quando foram extraídos cerca de 150 mil litros de azeite. Com isso, devemos ter entre 60 e 75 mil litros este ano”, explica.

O pesquisador destaca que as temperaturas elevadas e o período prolongado de estiagem no último inverno prejudicaram a indução floral e o pegamento dos frutos. Da mesma forma, quando se tem frentes frias, com alta umidade durante a florada, a polinização e a produção também são afetadas.

 

Pesquisa e inovação
Atualmente, a Epamig coordena 11 projetos de pesquisa focados em diversos aspectos da cultura da oliveira, incluindo controle de doenças, nutrição mineral, parâmetros fisiológicos, polinização e melhoramento genético.

Além disso, participa de outros quatro projetos em parceria com outras instituições públicas, totalizando investimentos de R$ 18,3 milhões.

“Nosso objetivo é desenvolver cultivares mais adaptadas às mudanças climáticas. Estamos conduzindo diversos estudos que, nos próximos três a quatro anos, começarão a gerar resultados concretos para os produtores”, afirma Pedro Moura.
 

Azeitech 2025
A Epamig irá realizar o Azeitech 2025, evento gratuito marcado para o dia 21 de fevereiro, no Campo Experimental de Maria da Fé. A programação tem como tema central práticas agrícolas sustentáveis e agricultura regenerativa.

Durante o evento será apresentada a Câmara Técnica Setorial da Olivicultura de Minas Gerais, que visa estruturar políticas públicas para o fortalecimento do setor no estado.

Segundo o presidente da Assoolive e coordenador da câmara técnica, Moacir Nascimento, o trabalho conjunto com a empresa tem sido fundamental para o crescimento da atividade no Brasil.

“A olivicultura está se expandindo para além da Mantiqueira, e isso torna essencial o investimento em pesquisa, especialmente no desenvolvimento de variedades adaptadas a diferentes condições climáticas. A câmara técnica irá fortalecer essa missão e levar discussões sobre o tema para eventos como o Azeitech”, ressalta.

 

(Fonte: Itatiaia)

Notícias Recentes