“Perigo iminente”, como avaliou o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, a variante Ômicron do coronavírus pode se espalhar rapidamente pelo território nacional. Mesmo sem ter “desembarcado” oficialmente em Minas, a nova cepa, ainda pouco conhecida pela ciência, levou mais três prefeituras a cancelar o carnaval. Até agora, 12 cidades proibiram a folia.
No dia 30/11, dois brasileiros testaram positivo para a mutação após teste preliminar em São Paulo, o que aumentou a apreensão das autoridades de saúde. Até sexta-feira, o resultado da análise genética de uma paciente internada na capital mineira deve ser divulgado.
O caso suspeito da nova cepa em Minas é analisado pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). A mulher de 33 anos, não vacinada, chegou recentemente a BH após passagem pela África, apontada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como local de origem da variante.
A paciente está internada no Hospital Eduardo de Menezes. Segundo a Funed, o prazo padrão para sequenciamento é de sete dias. No entanto, como se trata de um caso importante, a análise será feita em tempo menor.
O cenário incerto em relação ao desenvolvimento da pandemia, pois ainda não se sabe se a nova cepa é resistente às vacinas contra a Covid-19, fez as prefeituras de Itamonte, Itanhandu e Passa Quatro, no Sul de Minas, desistirem da folia. A decisão, conjunta, foi anunciada pelas redes sociais.
A festa atrai uma grande quantidade de turistas para os municípios e não há como garantir a segurança sanitária para a realização de um evento desse porte, alegaram os gestores. Eles também temiam que os municípios recebessem um público maior que o esperado em virtude do cancelamento da festa momesca em outras cidades da região.
Fonte: Hoje em Dia