Participe da 1ª Olimpíada Brasileira de Estatística: escolas de todo o Brasil podem inscrever estudantes até 7 de setembro

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Ao todo, três escolas públicas de São Carlos receberam um curso de formação introdutória em estatística e ciências de dados no primeiro semestre deste ano (Crédito da imagem: arquivo pessoal)

 

Escolas de ensino médio e técnico de todo o país podem inscrever estudantes gratuitamente; idealizada na USP São Carlos, iniciativa será a primeira olimpíada de estatística das Américas

A estatística está por toda parte: na avaliação da eficácia de vacinas, na previsão do tempo, no planejamento urbano, mas ainda passa despercebida por muita gente. Para ampliar o conhecimento da área, o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, está lançando a primeira edição da Olimpíada Brasileira de Estatística (OBE).

Voltada a estudantes do ensino médio e técnico de todo o Brasil, a OBE será a primeira olimpíada de estatística das Américas. “Mais do que uma competição, estamos criando um movimento destinado a transformar a relação dos jovens com os dados, desenvolvendo habilidades essenciais para o século XXI. Nosso propósito vai além das provas: queremos formar cidadãos capazes de interpretar criticamente a realidade por meio dos números”, explicam os organizadores no site da OBE.

Por isso, a estatística é apresentada não como uma disciplina isolada, mas como uma ferramenta poderosa para entender e transformar o mundo, abordando desde questões locais até desafios globais. A participação é gratuita e está aberta a escolas de ensino médio e técnico de todo o Brasil. As inscrições podem ser realizadas até o dia 7 de setembro por meio deste formulário online: https://icmc.usp.br/e/b4d47.

As provas da primeira fase serão realizadas de 14 a 20 de setembro, na própria escola do estudante. Serão dez questões de alternativa e duas questões dissertativas, com duração de duas horas e conteúdos de probabilidade, visualização e interpretação de dados. A escola pode escolher o melhor dia e horário para aplicar a prova dentro desse período. Além disso, a correção é feita pela própria escola com o gabarito orientador oferecido pela OBE. Para estimular a participação, os organizadores vão disponibilizar impressões das provas da primeira fase a todas as escolas públicas da cidade de São Carlos que se inscreverem na OBE.

Já a segunda fase, com data a ser definida, consistirá em um trabalho em grupo, com até cinco participantes, em que os estudantes se dedicarão a realizar uma análise de dados reais com perspectiva investigativa. “Após a segunda fase, iremos premiar o melhor aluno de escola pública, o melhor resultado geral e a melhor estudante do gênero feminino”, esclarece a professora do ICMC, Daiane de Souza Santos, coordenadora do projeto que idealizou a competição.

“A OBE foi criada para mostrar que a estatística não é algo distante ou complicado. Queremos que os estudantes percebam como os dados fazem parte do nosso cotidiano e aprendam a interpretá-los de forma crítica”, explicou o estudante Caio Ferreira Mattos, que está no primeiro ano do curso de Estatística e Ciência de Dados do ICMC. Ele foi um dos cerca de 24 estudantes que participaram do projeto de extensão que resultou na criação da competição.

 

Vínculo com as escolas – Antes mesmo do lançamento oficial da Olimpíada, os estudantes envolvidos no projeto já atuavam junto às escolas de educação básica. No primeiro semestre, eles ofereceram um curso de difusão sobre estatística para alunos do ensino médio em três escolas públicas de São Carlos: José Juliano Netto, Conde do Pinhal e Jesuíno de Arruda.

A ideia das oficinas partiu da professora Daiane, coordenadora do projeto de extensão, após ser procurada por alunos interessados em criar a OBE. “Propus as oficinas para que eles pudessem dar aulas de estatística em escolas públicas, como um teste para entender como os conteúdos seriam recebidos. No ensino médio, a estatística ainda é pouco explorada, embora, no Enem, o tema seja bastante frequente. Então, antes de iniciar a Olimpíada, queríamos oferecer uma base para esses estudantes”, comenta a professora Daiane.

O projeto durou dois meses e envolveu cinco alunos de Estatística e Ciência de Dados do ICMC, que ministraram aulas nas escolas, apresentando conceitos básicos de estatística de forma acessível, como interpretação de gráficos, análise de tabelas e leitura crítica de dados. Segundo Caio, a experiência também serviu como um treinamento para os próprios universitários, que aprenderam a explicar conceitos complexos de forma clara, aprimoraram a comunicação e ganharam confiança para compartilhar o que sabem: “Essa troca direta com estudantes da educação básica ajudou a equipe a entender quais eram as principais dúvidas e a preparar uma Olimpíada mais próxima da realidade dos participantes”.

Com essa experiência, os alunos se organizaram em setores para criar a OBE e dividiram a iniciativa em áreas específicas para garantir maior eficiência no desenvolvimento. Dessa forma, estruturaram frentes destinadas a lidar com aspectos pedagógicos e realizar atividades de marketing, recursos humanos e relações institucionais. “Cada estudante tem funções bem definidas, mas, sempre que necessário, diferentes áreas atuam em conjunto para o melhor andamento da OBE”, finaliza Caio.

Texto: Gabriele Maciel, da Fontes Comunicação Científica 

1ª Olimpíada Brasileira de Estatística
Quem pode participar: estudantes do ensino médio e técnico de todo o Brasil
Entre no site: https://obe.icmc.usp.br
Inscreva-se: https://icmc.usp.br/e/b4d47
Dúvidas? Escreva para: marketing@obe-org.com.br

Texto: Gabriele Maciel, da Fontes Comunicação Científica 

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