Do Sul de Minas para o mundo: cafeteria comercializa saca de café que vale mais de R$ 23 mil

Share on facebook
Facebook
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on email
Email
Share on print
IMPRIMIR
Share on facebook
Share on whatsapp
Share on email
Share on print

Cafeteria localizada entre Elói Mendes e Paraguaçu ganha destaque ao trabalhar com nano lotes de cafés raros, que encantam consumidores e especialistas. Enquanto o mercado físico do café ainda busca uma direção mais definida diante dos números da safra brasileira, especialmente nos primeiros dias de setembro, histórias inspiradoras continuam brotando no solo fértil do Sul de Minas Gerais — região que há décadas é sinônimo de café de qualidade.

É entre as cidades de Elói Mendes e Paraguaçu, em uma estrada onde o cheiro de terra molhada e grãos torrados se mistura ao ar da serra, que uma pequena cafeteria tem chamado a atenção do mercado nacional e internacional. O motivo? A comercialização de cafés especiais extraídos de nano lotes, entre eles uma saca que ultrapassa o valor impressionante de R$ 23 mil.

Quem está à frente dessa conquista é o barista Bruno Reis, especialista em cafés de alta pontuação e um apaixonado pela com que a bebida carrega. “Esse café é resultado de um trabalho extremamente cuidadoso, do cultivo à torra. É uma bebida com notas sensoriais muito precisas, que surpreende até os paladares mais exigentes.

E o mais bonito é ver esse reconhecimento vindo de um grão colhido aqui, em solo mineiro”, destaca o barista.

O café em questão pertence a um nano lote raro, fruto de um processo de fermentação inovador e manejo totalmente artesanal.

Segundo Bruno, o segredo está na origem, no terroir e no respeito ao tempo da natureza.

A cafeteria, que se tornou ponto de encontro de apreciadores e especialistas, tem funcionado também como espaço de educação e degustação, onde clientes podem conhecer mais sobre os diferentes perfis de torra, métodos de preparo e as histórias por trás de cada xícara.

Além de oferecer o café premiado, a casa trabalha com outros grãos de pequenos produtores da região, fortalecendo a cadeia local e mostrando que o valor do café vai muito além do preço da saca no mercado internacional.


O CAFÉ QUE NASCE COM IDENTIDADE
– Os cafés especiais têm ganhado cada vez mais espaço dentro e fora do Brasil. Diferente do café commodity, vendido em grandes volumes e com foco no preços especiais se destacam pela qualidade sensorial, rastreabilidade e sustentabilidade da produção.

Em regiões como o Sul de Minas, onde a altitude, o clima e o saber-fazer do produtor caminham juntos, é possível desenvolver cafés com identidade única, capazes de conquistar prêmios e consumidores exigentes em países como Japão, Estados Unidos, Alemanha e Coreia do Sul. “O mundo está começando a valorizar de verdade a origem, o cuidado, a história por trás do café. E é isso que nós queremos mostrar aqui: cada xícara tem alma”, afirma Bruno Reis.

MERCADO SEGUE CAUTELOSO, MAS ATENTO AO POTENCIAL DOS ESPECIAIS – Apesar da colheita já estar finalizada em boa parte do país, o mercado físico do café ainda não apresenta uma tendência clara de preços, conforme apontam analistas internacionais. Há expectativas sobre o volume e a qualidade da safra, e como isso pode influenciar os contratos futuros e o comportamento dos compradores.

Enquanto isso, os cafés especiais seguem como uma alternativa sólida e promissora para produtores e empreendedores que apostam em valor agregado, diferenciação e conexão direta com o consumidor final.

Em meio à instabilidade do mercado global, histórias como a da cafeteria entre Elói Mendes e Paraguaçu mostram que o café brasileiro continua sendo um dos mais admirados — e valiosos — do mundo.

(COLABOROU: VALERIA VILELA)

 

 

Notícias Recentes