(Foto: Divulgação – Portal Saúde)
Na última segunda-feira, 08 de dezembro, o médico e provedor da Santa Casa de Misericórdia de Guaxupé, Ângelo Lara, fez uso da tribuna popular da Câmara Municipal para discorrer a respeito da instituição.
Segundo o provedor, mais de 80% dos atendimentos do hospital local é feito através do SUS, Sistema Único de Saúde, com um “subfinanciamento histórico”, portanto dependendo diariamente de complementações e de emendas parlamentares.
No período compreendido entre 1º de janeiro e 07 de dezembro de 2025 foram realizados: 68.153 atendimentos no Pronto Socorro, 20.643 sessões de hemodiálise, 6.020 internações, 4.030 cirurgias e 1.668 tomografias.
Para ele, tem sido um verdadeiro “desafio” o enfrentamento do programa “Valora Minas”, que regula os repasses de verbas estaduais, cuja defasagem de preços custa à Santa Casa cerca de R$3 milhões por ano.
O exercício de 2024 foi encerrado com um déficit de R$1,5 milhão e com a contratação de um financiamento no valor de R$2,4 milhões para conseguir manter o pagamento de salários e de despesas essenciais. Diante desta triste realidade, a atual diretoria da Santa Casa renegociou contratos com fornecedores, cortando desperdícios.
Em janeiro, quando da posse da atual diretoria, o déficit mensal era de R$400 mil, porém com as medidas adotadas este valor caiu para a metade.
Conforme explicou o médico, graças à Exportadora de Café Guaxupé e à Família Barbosa, foi possível a perfuração do terceiro poço artesiano, o que vem proporcionando uma grande redução no valor das contas de água.
Contabilidade
A contabilidade do hospital foi completamente reformulada para garantir transparência, responsabilidade e clareza dos dados contábeis.
Cirurgias eletivas
Ele também mencionou que a Santa Casa, com apoio de médicos locais e de equipes externas, teria promovido “mutirões de cirurgias eletivas”.
Também foi dito por ele que, através das parcerias praticamente teria sido “zerada” a fila de cirurgias ortopédicas de joelho; que em novembro passado, em virtude de uma parceria com o Hospital Albert Einstein, teria ocorrido um mutirão de cirurgias ginecológicas.
Para janeiro próximo estão previstas dezenas de cirurgias de varizes, além de outros procedimentos.
Pronto Socorro
Segundo Dr. Ângelo, atualmente o Pronto Socorro não tem capacidade para atender a demanda, atendendo uma média mensal de 6 pessoas de Guaxupé e de oito municípios da região, com a consequente ampliação do mesmo.
A ampliação está orçada em R$3,8 milhões, e ainda deverão ser investidos cerca de R$2 milhões em equipamentos.
Para ele, a ampliação não é apenas uma obra, é um marco histórico na saúde pública do município de Guaxupé.
(Colaborou: Wilson Ferraz)