O escritor e artista autodidata Paulo Dipe celebra este ano (janeiro) os 45 anos do livro General Folha Seca, lançado em 1979 pela editora Vozes. “O general, era para ser um personagem fictício, mas depois do sucesso do livro, o escritor descobriu que o Folha Seca era real. Meus irmãos conheceram um garimpeiro, no Pará, em 1982 que morava próximo a Carajás e que era amigo do general, que morava em Caratinga”.
“Eu tinha 18 anos e quando trabalhava no bar do tio Elias, eu ouvia sempre as histórias de um cliente e resolvi escrever as histórias, do general que era de Caratinga. Foram duas edições que se esgotaram e uma terceira edição acabou não ocorrendo” conta Paulo Dipe.
A segunda edição do livro foi lançada com cinco mil exemplares vendidos, com distribuição para os alunos de uma escola particular. Dos personagens que ainda estão vivos do livro sou eu e o Cirineu sorveteiro. “O Cirineu é um artista, que para ele para comprar um sorvete, ele tem tempo para ouvir e conversar e descobre o talento que temos pelas ruas da cidade. Ele tem o maior orgulho de estar no livro, fiz questão de entregar um exemplar para cada um dos personagens”, falou o escritor.
“A publicação foi feita com uma carta que enviei para a editora Vozes. Rose Maria Muraro foi a editora. Ela se interessou pelo texto e se empolgou com o livro. E em Belo Horizonte fui tratado como o novo Guimarães Rosa do Sul de Minas, isso em 1977. O livro foi escrito em janeiro de 1976”.
“Quem tiver interesse em ler a obra pode pegar emprestado na biblioteca Municipal Machado de Assis que tem um espaço dedicado as obras dos escritores de Muzambinho. É um orgulho para Muzambinho ter um artista como o Paulo Dipe, que escreve e ilustra obras da nossa gente” convida a vice-prefeita e secretária da educação Heloisa Magalhães.
(COLABOROU: VALÉRIA VILELA)