Oba, oba, oba! As eleições municipais estão chegando! Que sejam
bem- vindas! Palmas pra elas! − Clap, clap, clap, clap!!!!
É hora de fazer valer a cidadania! É hora de observar como estão as coisas na cidade e, se necessário, mudar tudo! É hora, principalmente, de usar a cabeça! Mas não usar a cabeça para dar cabeçadas por aí. Temos, é claro, que usar a cabeça para pensar. Analisar friamente se as coisas estão andando bem ou mal.
Olha, nós gostamos muito de eleições. Especialmente essas que vem aí. Elas permitem que façamos valer mais facilmente nossos direitos básicos dentro da democracia, quais sejam, votar e ser votados. Também, e principalmente, testar pessoas que conhecemos em cargos eletivos determinantes para o progresso da cidade e para a melhoria das condições de vida de todos os estratos da população.
Nós amamos a democracia, que é a possibilidade concreta de escolher as pessoas que vão dirigir nossos destinos pelos próximos quatro anos. Nem sempre a gente acerta. Por outro lado, sempre existe a chance de mudar os rumos na próxima eleição. Dessa forma, simples e efetiva, os eleitores podem depurar a qualidade dos mandatários. Separar o joio do trigo.
Pensamos que quatro anos de mandato talvez seja muito tempo, né não? Especialmente quando a maioria da população erra na escolha. Mas, quanto a isso, não podemos fazer nada. É a lei vigente desde a última constituição, aquela de 1988, chamada de Constituição Cidadã.
Mas o que é que tem a ver as eleições municipais com o título do texto, que é um ditado popular bastante conhecido e repetido por aí: “A casa da mãe Joana”? Pesquisando as origens do ditado popular, deparamos com as informações da Wikipédia, a enciclopédia da internet.
Segundo apuramos, o ditado se originou em Portugal, a partir de atos da Rainha Joana I, de Nápoles (parte da Itália atualmente), que criou regras para o funcionamento dos prostíbulos locais. Originalmente o ditado era “paço-da-mãe-joana”. Inicialmente era usado, obviamente, para designar os prostíbulos e disciplinar seu funcionamento.
No Brasil, ainda de acordo com a Wikipédia, o “paço” foi substituído por “casa” e passou a designar “o lugar ou situação em que cada um faz o que quer; onde imperam a desordem e a desorganização”.
E toda vez que caminhamos pelas ruas de nossa cidade não conseguimos afastar da mente essa expressão. É natural que o caminhante, o pedestre, caminhe pelas calçadas e não pelo meio da rua. Mas aqui, em alguns trechos de calçadas, é impossível fazer isso.
Placas de propaganda e até produtos à venda ocupam o local de passagem dos pedestres, empurrando-os para a rua, onde vão disputar espaço com os automóveis. Sem contar que é muito comum o caminhante cruzar com bicicletas transitando na calçada. É inevitável que, em algum momento, ambos se encontrem em rota de colisão.
Mas o maior dos absurdos é o fato de que muitos comércios ocupem as calçadas para desenvolver suas atividades, impedindo total ou parcialmente a circulação das pessoas. Chega-se ao contrassenso de estabelecimentos próximos promoverem concorrência dos produtos anunciando-os nas calçadas, como se os espaços fossem de sua propriedade.
Pergunto a você, caro leitor, é ou não é um caso típico de “casa da mãe Joana”?
Mas não é só isso, não! A construção civil também costuma interromper inadvertidamente os passos dos caminhantes da cidade, usando as calçadas como depósito de material de construção durante meses ou até anos. E lá vão as crianças, idosos e deficientes físicos ocupar os espaços dos automóveis no meio da rua, correndo os riscos inerentes.
Já não bastam os vários impeditivos criados pelas irregularidades observadas nas calçadas da cidade, que impedem a livre circulação de TODAS as pessoas. Principalmente os idosos, crianças e deficientes físicos e visuais, ou qualquer pessoa com mobilidade reduzida. São escadas, fossos, ressaltos, buracos resultantes da má conservação, rampas para automóveis, tapumes e outros.
De acordo com o último censo, cerca de 61% da população brasileira vive nas cidades. São 124,1 milhões de pessoas. A grande maioria, portanto. É muito importante lembrar que o ambiente urbano também é parte integrante do chamado “meio ambiente”.
Quando se fala em “meio ambiente” normalmente pensamos no ambiente natural, mas é completamente errado pensar dessa forma. Tudo é “meio ambiente”. E o meio urbano é o habitat escolhido pela maioria dos animais humanos que vivem no Brasil. Assim, a exemplo do ambiente natural, o habitat urbano também merece atenção.
Como ficou claro aqui, uma infinidade de problemas antigos e recorrentes aguarda a atenção dos administradores municipais. Recordando que brevemente teremos eleições nesse nível, gostaríamos de saber o que pensa, sobre essas questões, cada um dos candidatos a prefeito e os postulantes aos cargos de vereadores.
Junte-se a nós, caro eleitor. Pergunte ao seu candidato o que ele pensa sobre as questões levantadas aqui. São demandas importantíssimas, que merecem toda a atenção dos futuros mandatários. E não se esqueça de perguntar também sobre a nossa maior prioridade: as providências para salvar as águas que circulam pelo município e que são nossa maior riqueza.
(FONTE: INSTITUTO PENSAMENTO PRESENTE (IPEN)