Tô pensando que PAU QUE BATE EM CHICO BATE EM FRANCISCO. A Extrema Direita se expandiu e abusou do seu poder dentro do Governo Bolsonaro. Extrapolou no 8 de Janeiro de 2023, promovendo a devastação das sedes dos 3 Poderes, em Brasília-DF, na expectativa de um Golpe, com a derrubada do novo Governo – Lula – legitimamente eleito. Em 11 de janeiro, os semanários: A Folha Regional, de Muzambinho-MG, e Jornal da Região, de Guaxupé-MG, publicaram artigo de minha autoria — PEGADAS DOS GOLPISTAS DO DF SERÃO VASCULHADAS PELA POLÍCIA FEDERAL (PF). De fato, desordeiros, golpistas, incentivadores, financiadores e autoridades omissas ou coniventes permaneceram presos ou tiveram prisões decretadas “a posteriori”. Hoje, 12-ABR-2023, a PF cumpre parte da 8a.Fase da Operação Lesa-Pátria, colhendo depoimentos de 89 Militares das Forças Armadas na Academia Nacional de Polícia, em Brasília-DF. Dentre eles, três Generais e outras patentes. Segundo o jornal digital goiano, O Popular: “Os militares começaram a chegar na Academia da PF pouco depois das 8h. As oitivas se dariam em dois blocos, 49 pela manhã e 40 à tarde. Muitos estavam em carros comuns, mas a reportagem de O Popular também registrou a entrada de um micro-ônibus, com identificação do Exército, e de um caminhão-baú, com três sargentos, um tenente e um soldado”. O STF – Supremo Tribunal Federal – autorizou as investigações pela Polícia Federal (PF), bem como a competência da Justiça Comum, neste caso, afastando-se a pretensão de investigação e julgamento pelo STM – Superior Tribunal Militar. Os acontecimentos deste 8 de Janeiro não podem nem devem ser empurrados para debaixo do tapete. Mormente, no que se refere aos militares golpistas ou coniventes, pois devem fidelidade à Constituição Federal. Não poderiam ter sido seduzidos pelo Presidente Bolsonaro, um ex-membro do Exército e, sobejamente, um militar cuja carreira foi cercada por polêmicas e críticas. Ademais, superadas as disputas e as ideologias da Guerra Fria, militares devem ter a noção que são pagos com o dinheiro dos contribuintes de todos os matizes políticos, de direita, do centro e da esquerda, devendo mirar a Constituição Federal. Não é assim que o povo se refere aos políticos, como “nossos empregados”?
Marco Regis é médico, foi prefeito de Muzambinho (1989/92; 2005/08) e deputado estadual-MG
(1995/98; 1999/2003) *marco.regis@hotmail.com*
