Cafeicultura e paternidade, a sucessão no campo é desafio para o setor

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O Dia dos Pais, data celebrada no domingo (11), traz uma importante reflexão para o setor da cafeicultura: a sucessão familiar. Como atrair os jovens para os negócios familiares? A dura luta no campo e a dedicação quase em tempo integral tem feito muitas famílias abandonarem seus negócios ou terceirizarem a gestão.
Em um momento que é de homenagens, registramos alguns dos cafeicultores do cinturão do arábica que estão conseguindo levar adiante a sucessão no campo.
Em São Pedro da União, Fernando Barbosa, com seu filho que tem o mesmo nome do pai, uma administração onde o filho toma parte nas decisões.
Em Nova Resende, Osvaldinho, como é conhecido o filho de Osvaldo Bachião, seguiu os passos do pai, na lavoura e também na gestão. Seu Osvaldo foi prefeito enquanto Osvaldinho segue na gestão de 19 mil cafeicultores na vice-presidência da Cooxupé.
E o mesmo ocorre com Fernando Madeira e Alexsandro Miranda, dois jovens cafeicultores que se dividem entre os cuidados com as lavouras e gerência da Coopervitae. Com foco no comercio justo, os dois trazem a presença dos pais e transmitem aos filhos que os pés no chão e a simplicidade fazem parte do sucesso partilhado em benefício do bem comum.
Em Muzambinho, Sotero fez questão que os filhos fossem estudar e trouxessem para as lavouras do bairro do Cambuí conhecimento e inovação, que já rendeu melhorias na vida da família. Na família de seu Armando Santos, os filhos Suzana Santos, Sergio e Armandinho já assumiram as responsabilidades e a administração das lavouras de café, mas contam com as orientações e seguem os conselhos de um dos cafeicultores que fundou a BSCA no país.
Seu Dalilo Frutuoso de Oliveira, do bairro dos Quatis, em Monte Belo, fez a sucessão e seus filhos assumiram a lavoura. E agora o neto já acompanha o pai Edivaldo e o tio Reginaldo no cuidado com o café e nas atividades da Associação dos Produtores de Cafés Especiais de Monte Belo e Região.
Para o gerente regional da Emater, Marcelo Bonfim, estar rodeado por três filhas mulheres me deu a dimensão exata da paternidade “ouvir sempre, alinhar constantemente e apoiar em todas as situações, me realizo como profissional, mas é como pai que descobri meu proposito nesta vida e meu presente este ano chegou adiantado. Minha primeira neta nasceu dia 31 de julho” revela orgulhoso.
Homens que assumiram a paternidade e entendem que sucessão é um caminhar lento e diário, amar não se impõe. A decisão de permanecer nas propriedades e seguir os cuidados com o legado é individual, mas os pais podem e precisam pegar pelas mãos e abrir espaço para os novos conhecimentos para que os cafés mineiros continuem a estar na vanguarda da biocompetitividade que o mundo pede.
(COLABOROU: VALÉRIA VILELA)

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