fotos: Cemig Divulgação
Quase 700 materiais foram retirados do sistema elétrico nas regiões oeste e sul de MG por equipes da companhia
Com a proximidade do período chuvoso, a Cemig intensifica o programa de manutenção preventiva na rede de distribuição para aumentar a resiliência do sistema elétrico. Dezenas de equipes especializadas estão mobilizadas em Minas Gerais para identificar e retirar objetos estranhos que ficam presos à fiação, sobretudo restos de pipas.
Nas Regiões oeste e sul do estado, entre janeiro e agosto deste ano, quase 700 materiais foram removidos da rede de distribuição de energia, sendo que a imensa maioria é relacionada aos papagaios/pipas.
A retirada desses materiais é essencial para evitar curto-circuitos, rompimento de cabos e interrupções no fornecimento, especialmente quando começa o período chuvoso. A ação faz parte de um planejamento que inclui inspeções rotineiras, limpeza de rede e respostas rápidas para aumentar a resiliência da rede.
“Estamos com equipes exclusivas para retirar materiais presos na rede. Em mais de 90% das ocorrências, são restos de pipas enroscadas nas linhas. Esse tipo de material pode conduzir eletricidade e provocar curto-circuitos,” afirma o superintendente da Regional Centro da Cemig Distribuição, Ernando Braga.
Durante o período seco, a incidência de ventos favorece a soltura de pipas e, consequentemente, o acúmulo de materiais na rede, um fator que amplia o risco com a chegada das chuvas a partir de outubro.
A Cemig mantém campanhas educativas permanentes e reforça a orientação aos pais e responsáveis para que crianças e adolescentes não soltem pipas próximo à rede elétrica e nunca tentem retirar materiais enroscados nos cabos.
“Soltar pipa é uma diversão saudável, desde que longe da rede elétrica. Se a pipa enroscar, não tente retirar. Nossas equipes são treinadas e equipadas para realizar esse trabalho com segurança,” complementa Braga.
Pipas causaram interrupções para quase 800 mil clientes em 2025
Apesar dos alertas e campanhas educativas, entre janeiro e agosto deste ano, a Cemig registrou 2.605 ocorrências que prejudicaram o fornecimento de energia para quase 800 mil clientes em Minas Gerais. Somente nas regiões oeste e sul do estado, foram 323 incidentes que resultaram na interrupção do serviço para mais de 84 mil unidades consumidoras na área de concessão da companhia.
Além das ações operacionais, a companhia está investindo, em 2025, R$ 360 milhões em manutenção preventiva, com foco em deixar a rede mais robusta e resiliente diante da maior severidade dos eventos climáticos. O objetivo é evitar interrupções e, quando elas ocorrerem, acelerar o restabelecimento do fornecimento.
Primeira chuva causa riscos à rede de distribuição
A chegada da primeira chuva após meses de estiagem costuma trazer um cenário de maior risco para a rede elétrica. Esse fenômeno ocorre porque a precipitação, em contato com a poeira acumulada em cabos, isoladores e demais equipamentos, forma uma espécie de película condutiva que pode causar descargas, curto-circuitos e interrupções no fornecimento de energia.
Outro fator de atenção é a presença de objetos estranhos na rede, como restos de pipas, sacolas e galhos, que se tornam ainda mais perigosos em dias chuvosos. Ao entrarem em contato com a água, esses materiais podem potencializar curtos e até provocar o rompimento de cabos.
“A primeira chuva é um momento crítico porque concentra uma série de fatores que podem comprometer a rede de distribuição. Por isso, intensificamos ações preventivas, investimos na modernização da infraestrutura e orientamos a população a adotar cuidados simples, mas fundamentais, como não soltar pipas perto da rede elétrica e nunca tentar retirar objetos dos cabos,” afirma.
Além das ações técnicas, a companhia reforça orientações de segurança à população. Em caso de cabos rompidos, a recomendação é manter distância e acionar imediatamente a Cemig pelo telefone 116 ou o Corpo de Bombeiro pelo número 193.
(ASCOM)