Ambientalista cobra medidas urgentes e relata desafios do voluntariado em prol do meio ambiente.
Durante a 9ª Sessão Legislativa Ordinária da Câmara Municipal de Guaxupé, na noite de segunda-feira (31/03), o cidadão Simonal Donizete de Paula utilizou a tribuna para fazer um apelo contundente sobre a situação ambiental e hídrica do município. Convidado pelo vereador Marcelo Pedroza (PL), Simonal destacou a importância da preservação dos mananciais e da arborização urbana, alertando sobre os impactos das mudanças climáticas e a falta de estrutura para enfrentar crises hídricas.
Em seu pronunciamento, o ambientalista relatou a trajetória do projeto voluntário “Viva Flora”, fundado em 2014 por ele e sua família, que já resultou no plantio de mais de 6.000 mudas de árvores no perímetro urbano da cidade. Ele criticou a falta de investimentos em conservação ambiental e cobrou medidas efetivas para a manutenção das nascentes e reservatórios d’água da região.
“Hoje, Guaxupé não está preparada para enfrentar eventos climáticos extremos. Uma chuva intensa pode comprometer áreas inteiras, enquanto a seca prolongada afeta a captação de água e coloca em risco a população e a agricultura”, alertou Simonal. Ele citou problemas na arborização urbana, ressaltando que a falta de vegetação adequada aumenta as ilhas de calor e piora a qualidade do ar.
Outro ponto abordado foi a necessidade de educação ambiental, tanto para crianças quanto para adultos. Simonal denunciou o descarte irregular de lixo em rios e nascentes, criticando a falta de consciência de parte da população. “Não adianta fazermos mutirões de limpeza se no dia seguinte encontramos sofás e guarda-roupas jogados nos rios”, lamentou.
O discurso também trouxe questionamentos sobre a capacidade da Copasa e do poder público em garantir o abastecimento de água para uma cidade em crescimento. Segundo ele, o volume de água disponível no rio Guaxupé hoje é um terço do que era em 1993, enquanto a população aumentou consideravelmente. “A conta não fecha. Se nada for feito agora, enfrentaremos um colapso hídrico nos próximos anos”, advertiu.
Simonal finalizou seu discurso pedindo apoio para a continuidade de projetos ambientais na cidade, afirmando que sem recursos e incentivos, torna-se inviável manter iniciativas voluntárias que demandam tempo, trabalho físico e investimento. “Sem apoio, não dá mais. A crise climática não é para 2050, ela já chegou”, concluiu.
(fonte e fotos: ASCOM)