Combate ao crime organizado em Minas Gerais é tema de audiência

Share on facebook
Facebook
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on email
Email
Share on print
IMPRIMIR
Share on facebook
Share on whatsapp
Share on email
Share on print

Secretaria de Segurança Pública é convidada a apresentar medidas contra a expansão de facções. Comando Vermelho e PCC já têm presença na Capital.

A Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) fará audiência, na próxima segunda-feira (24/11/25), para debater as ações adotadas pelo Governo do Estado no enfrentamento ao crime organizado com atuação no território mineiro. A reunião acontece a partir das 14 horas no Auditório José Alencar. 
De acordo com o requerimento para a audiência, assinado pelo presidente da comissão, deputado Sargento Rodrigues (PL), a necessidade do debate considera as consequências e os desdobramentos das recentes operações policiais no Rio de Janeiro e outras unidades da federação limítrofes ao Estado de Minas Gerais.

O objetivo da audiência é compreender de que maneira essas operações podem impactar a segurança pública em Minas Gerais e quais medidas o Estado tem implementado para prevenir a expansão de facções e práticas criminosas interestaduais.

Para o debate, estão confirmadas as presenças do subsecretário de Integração da Segurança Pública da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) Christian Vianna de Azevedo, do superintendente de Investigações e Polícia Judiciária da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais Julio Wilke e do promotor de justiça coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) Giovani Avelar Vieira.

Foram convidados ainda o procurador-geral de justiça do MPMG Paulo de Tarso Morais Filho e o comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) Cel. Carlos Frederico Otoni Garcia.

 

Posição estratégica de Minas seria atrativo para facções
Reportagem do G1 veiculada em outubro deste ano afirma que pelo menos 35 organizações, quadrilhas ou bandos ligados ao tráfico de drogas são monitorados pela Polícia Civil de Minas Gerais. Na Capital, três facções criminosas surgidas em outros estados já teriam se instalado: o Comando Vermelho (CV) e o Terceiro Comando Puro (TCP), ambas do Rio de Janeiro, e o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo.

Especialistas destacam na reportagem que um dos principais atrativos de Minas Gerais para as grandes organizações, além de novos mercados, seria a posição geográfica estratégica para rotas de tráfico.

Segundo o deputado Sargento Rodrigues, a Comissão de Segurança Pública da ALMG tem acompanhado o avanço do crime organizado no Estado. O parlamentar menciona a presença desses grupos na Região Metropolitana de Belo Horizonte, nas regiões Norte, Sul, Triângulo Mineiro e Zona da Mata, em cidades como Juiz de Fora e Muriáe. “São organizações criminosas que ali estão fincando os seus tentáculos”, denuncia.

Para o deputado, a situação resulta da falta de investimentos por parte do Governo nas forças armadas estaduais. “Não há investimento em viaturas novas, não há investimento em armamento, temos coletes vencidos e, além do mais, não há valorização profissional”, afirma Sargento Rodrigues.

Em 2024, no intuito de intensificar as ações de repressão à criminalidade organizada, a Sejusp firmou cooperação técnica com a Polícia Civil para criação do Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado (GERCO). A estratégia prevê a atuação conjunta das duas instituições, articulando serviços de inteligência, equipes de investigação e forças operacionais para combater ações de facções criminosas e responder a situações de grave risco à ordem e à segurança pública.

No mesmo sentido, desde 2013 já existe no Ministério Público o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), com sede em Belo Horizonte e 12 unidades regionais distribuídas pelo Estado.

 

(ASCOM)

Notícias Recentes