Cresce, expressivamente, o número de jovens contratados pelas MPE mineiras

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De janeiro a julho de 2021, o número de jovens de 14 a 17 anos contratados pelas micro e pequenas empresas aumentou 128%, em relação ao mesmo período de 2020

O número de jovens contratados pelas micro e pequenas empresas (MPE) em Minas Gerais cresceu 128% nos sete primeiros meses de 2021, comparado ao mesmo período do ano passado. De janeiro a julho de 2020, foram 5.076 jovens de 14 a 17 anos contratados pelos pequenos negócios. Neste ano, no mesmo período, o número subiu expressivamente para 11.574 jovens admitidos. A maioria deles são jovens de Ensino Médio completo ou incompleto, conforme aponta levantamento realizado pelo Sebrae Minas, com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Os dados vão ao encontro dos resultados da pesquisa PNAD Contínua Educação 2019, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Conforme aponta a pesquisa, a necessidade de trabalhar e o desinteresse pelos estudos são os principais motivos para o abandono escolar, que tem o seu marco aos 15 anos. Nesta idade, quando em geral se entra no Ensino Médio, o percentual de jovens quase dobra em relação à faixa anterior, passando de 8,1% aos 14 anos, para 14,1%, aos 15 anos. Os maiores percentuais, porém, ocorrem a partir dos 16 anos, chegando a 18% para pessoas com 19 anos ou mais.

De acordo com a analista do Sebrae Minas Gabriela Martinez, uma hipótese para esse aumento na contratação de jovens pelas micro e pequenas empresas é o cenário da pandemia, que pode ter acentuado a necessidade de os jovens ajudarem nas despesas da casa. “Além disso, a recuperação dos pequenos negócios no primeiro semestre e a confiança na retomada das suas atividades são fatores que contribuíram para a geração de vagas e aumento das contratações”, explica.

Perfil das vagas

Um dado que chama a atenção é que a maior parte dos jovens admitidos no primeiro semestre de 2021 pelas MPE mineiras está associado à admissão por reemprego (8.006), seguida de admissão por primeiro emprego (3.548). “Ou seja, são em sua maioria jovens que já estiveram empregados anteriormente e perderam o emprego, provavelmente pela pandemia. Isso indica que grande parte das vagas geradas em 2021 correspondem à recuperação de vagas que foram perdidas em 2020”, explica Gabriela.

Embora a categoria “Empregado Geral” se destaque como a de maior saldo gerado no período (7.921), a categoria “Aprendiz” foi a de maior crescimento. Na comparação de 2021 (janeiro a julho) com 2020 (janeiro a dezembro), o saldo de empregos para vagas de aprendiz é de 3.209, um aumento de 1.109%. “Isso revela que, após um ano conturbado devido à pandemia, as empresas voltaram a oferecer vagas de aprendizagem”, ressalta a analista.

A maior parte das vagas para jovens de 14 a 17 anos são de vendedor de comércio varejista, auxiliar de escritório e assistente administrativo. O saldo de contratações de janeiro a julho de 2021 (11.574) já supera todo o saldo de 2020 (10.636).

Educação empreendedora

Para a gerente de Educação e Empreendedorismo do Sebrae Minas, Fabiana Pinho, o cenário reforça a necessidade dos jovens se capacitarem. “Mais do que nunca, a educação empreendedora se torna fundamental, seja para o jovem que deseja ingressar no mercado de trabalho, ou abrir o seu próprio negócio. A formação empreendedora estimula o desenvolvimento de habilidades e competências como autonomia, proatividade, persistência e capacidade de correr riscos, contribuindo para que os jovens tenham acesso às melhores oportunidades”, destaca.

Assessoria de Imprensa Sebrae Minas

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