O deputado estadual e 1º secretário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Antonio Carlos Arantes (PL), liderou uma discussão no Legislativo estadual para debater a relevância da produção de cana-de-açúcar para o Estado. Durante audiência pública da Comissão de Agropecuária e Agroindústria da ALMG, realizada na quarta-feira (13/11/24), foram discutidos os desafios enfrentados pelo setor, como a falta de mão de obra qualificada, questões relacionadas à remuneração e a busca por práticas sustentáveis e inovadoras.
Minas Gerais, segundo maior produtor de cana-de-açúcar do Brasil, deve atingir uma safra recorde este ano, com 82,5 milhões de toneladas. José Guilherme Ambrósio Nogueira, diretor-executivo da Orplana, destacou que, apesar do potencial do Estado, a escassez de trabalhadores para funções como tratorista e colhedor, mesmo com salários atrativos, é um obstáculo significativo. Ele também alertou para a falta de repasse do Crédito de Descarbonização (CBIO) aos produtores, afetando a remuneração do setor.
Representantes como Carlos Márcio Guapo, da Faemg, e Thiago Rocha, da Canacampo, enfatizaram a importância da sustentabilidade, mencionando que o etanol reduz em até 85% as emissões de gases de efeito estufa em comparação à gasolina. No entanto, criticaram a falta de estratégias para promover o produto internacionalmente. Mário Campos, presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais, apontou o impacto econômico do setor, que emprega cerca de 200 mil pessoas direta e indiretamente, e pediu apoio para políticas públicas que mantenham a competitividade, especialmente diante da reforma tributária.
Antonio Carlos Arantes destacou o papel estratégico da cana-de-açúcar na economia e no desenvolvimento social de Minas, observando que a atividade gera empregos em todas as etapas da cadeia produtiva e contribui para a fixação da população no campo, reduzindo o êxodo rural. Ele também ressaltou a relevância do setor na diversificação energética, já que o etanol é uma fonte renovável e menos poluente, além de ser estratégico para o comércio exterior.
O chefe de gabinete da Secretaria de Agricultura, Rodrigo Carvalho Fernandes, reforçou o compromisso socioambiental do setor, mencionando o Selo Verde, que atesta a sustentabilidade da produção de cana em Minas Gerais, com 98% de conformidade com práticas sustentáveis.
(Ascom)