Deputado Luizinho promoveu audiência pública para debater sobre o Programa de Concessões Rodoviárias de Minas Gerais

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O parlamentar cobrou a falta de compromisso do governo Zema com a população sul-mineira ao decidir fazer a concessão do trecho Varginha-Furnas.

Foi realizada, na quarta-feira, 26, uma audiência pública na Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para debater o Programa de Concessões Rodoviárias do governo do Estado, mais especificamente o lote 3 (Varginha-Furnas). A reunião foi convocada pelo deputado estadual Luiz Antônio da Silva (PT), o Luizinho, e contou com a presença dos deputados estaduais Cássio Soares (PSD) e Antônio Carlos Arantes (PL), além de autoridades dos municípios sul-mineiros e representantes do Executivo Estadual.

Para Luizinho, a concessão das rodovias causará inúmeros prejuízos à economia e à população do Sul de Minas. Segundo ele, com relação aos transportes, os moradores do entorno do lago vêm sofrendo desde a submersão das ferrovias. “Houve um prejuízo imensurável com o advento do lago de Furnas, especialmente com o transporte, nós ficamos ilhados durante décadas”, relembrou o parlamentar.

O deputado também afirmou haver uma diferença no leilão de concessão do lote 3 se comparado com o lote 2. Os valores de pedágio no lote 3 seriam mais caros do que no lote anterior. Outra questão levantada pelo parlamentar foi o cronograma de obras das rodovias previstas no edital. A empresa que ganhar o leilão precisa cumprir com a primeira fase em até 6 anos, e a segunda fase, em até 20 anos, quase no final do prazo do contrato.

“Se a intenção do governador é diminuir as mortes nas nossas rodovias, ele deveria fazer essas obras imediatamente. Nós não vamos nos calar e não vamos ficar quietos diante de mais uma humilhação da nossa região. O governo Zema, que fala que é do ‘Novo’, está atuando nesse caso como no passado. É assim que você vai desenvolver o Sul de Minas, Zema?”, questionou Luizinho. Além disso, como proposto no edital, seriam duplicados apenas 7 km do trecho de 432 km a serem concessionados.

De acordo com o diretor da usina Monte Alegre/Adecoagro, Renato Nogueira, de Monte Belo, a criação das praças de pedágio irá afetar diretamente a economia da região, elevando o custo de produção das empresas locais. Atualmente, a usina tem 16 mil hectares de produção de cana em torno da MG-491, abrangendo os municípios de Alfenas, Areado, Monte Belo, Divisa Nova e Serrania. “Está alocado uma praça de pedágio bem no centro da nossa produção, o que vai impactar bastante em termos de custo. Nós temos uma produção de 1,2 milhão de toneladas de cana, isso seria, praticamente, 50 mil viagens de rodotrem de 9 eixos”, relatou.

Com o leilão do lote previsto para o próximo mês, Luizinho reiterou seu compromisso com a população sul-mineira em lutar para que a região não seja prejudicada com mais privatizações. “Se cobrar pedágio, tem que ser pedágio para a manutenção. Nós já pagamos muito lá no Sul, sofremos muito prejuízo. O Zema pensa que governar Minas Gerais é administrar uma empresa de eletrodomésticos. Mas, não é, não. Aqui tem gente, tem pessoas, tem vereadores, tem prefeitos, isso aqui não é uma loja de eletrodomésticos, não. Não vai acabar com o estado de Minas Gerais assim, não!”, afirmou o deputado.

 

(ASCOM)

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