Eleições Gerais de 2022: Como estamos e para onde vamos?

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Nesta semana, foi dado o pontapé inicial para as Eleições Gerais de 2022, que definirão aqueles que estarão à frente da Gestão Pública estadual (Governador) e nacional (Presidente), bem como aqueles que nos representarão no Poder Legislativo, seja na Assembleia Legislativa (Deputados Estaduais), seja no Congresso Nacional (Deputados Federais e Senadores).
Até a data do primeiro turno, 02 de outubro 2022, teremos tempo suficiente para escolher um candidato para cada uma dessas vagas. Serão debates e entrevistas, sobretudo para os candidatos para Governador e Presidente, que mostrarão um pouco de como eles pensam sobre diversas áreas de atuação da Gestão Pública. Entretanto, o mais importante será nos atentarmos ao documento que sintetiza suas ideias – e que deveria servir de cartilha para fiscalização – que é o Plano de Governo.
Mas saindo do teórico e caminhado para algo mais prático: O que devemos esperar destas Eleições Gerais? A polarização na disputa presidencial é fato notório: Lula e Bolsonaro concentram aproximadamente 80% das intenções de voto e ambos alimentam este antagonismo entre eles, criando um cenário que, praticamente, inviabiliza uma possível “terceira via”. Outro ponto em comum é quanto aos debates, seja por argumentos de contrariedade às regras propostas, seja pelos argumentos de falta de logística, exaustão e conflito com a agenda de campanha, fato é veremos grupos midiáticos se reunindo para a realização de debates, o que não é de todo mal ao eleitor, mas me incomoda por soar como certa prepotência e desrespeito (ao eleitor, aos demais candidatos, à mídia).
Bem, e esta polarização presidencial será um grande espelho para que repliquem as polarizações pelos estados, mas com alguns detalhes a parte. Vejamos as disputas nos principais colégios eleitorais: Em São Paulo, temos Fernando Haddad (PT) ligado à Lula e liderando as pesquisas, com outros dois candidatos disputando o segundo lugar : Tarcísio de Freitas (Republicanos), ex-ministro de Bolsonaro e apoiado por ele, e Rodrigo Garcia (PSDB), atual governador do estado e contando com a hegemonia tucana no estado para buscar uma virada. Em Minas Gerais, temos a liderança nas pesquisas de Romeu Zema (NOVO), atual governador e buscando sua reeleição, e sendo a principal vitrine para seu partido. Não é o candidato oficial de Bolsonaro, nem Bolsonaro é seu candidato oficial à presidência; porém, na prática, ambos são bem alinhados e prometem se apoiar em eventual segundo turno. Em seguida, aparece Alexandre Kalil (PSD), com apoio de Lula, num acordo entre os partidos para enfrentar Zema. Depois, com poucas intenções de votos atualmente (mas com possibilidade de mudanças com as campanhas), temos Carlos Viana (PL), senador e colega de partido de Bolsonaro, e Marcus Pestana (PSDB), numa tentativa do partido de manter sua presença histórica no estado, já que é Minas é outro grande reduto tucano. Na sequência, temos o Rio de Janeiro com outra disputa polarizada, entre Claudio Castro (PL), ligado à Bolsonaro, e Marcelo Freixo (PSB), ligado à Lula. Ambos seguem brigando na liderança das pesquisas. Três breves relatos de SP, MG e RJ, mas que conseguem exemplificar bem o que acontecerá nas disputas estaduais.
Para a escolha do representante ao Senado, a conversa segue praticamente a mesma. Na verdade, existe uma espécie de dobradinha, em que o candidato ao senado vinculado ao candidato à governador, geralmente, acaba atraindo os eleitores do outro. E para deputados (estaduais e federais), diante do número de candidatos e vagas, as pesquisas começam a indicar possíveis nomes que serão bem votados e, provavelmente, eleitos. Mas o jogo eleitoral para estes é outro, pois são eleitos pelo Sistema Proporcional de Votos (diferente dos demais cargos, em que ocorre o Sistema Majoritário de Votos). Aqui, as previsões precisam ser mais analisadas, com uma visão macro dos partidos e todos aqueles que figuram neste tabuleiro. (Para não me estender no tema, este será o assunto da próxima coluna).
Vez ou outra, caio na reflexão da real importância que damos às Eleições. Ou melhor: Será que entendemos, de fato, que nossa principal ação pela busca por mudanças e por desenvolvimento está no voto? Elegemos pessoas que, caso tudo ocorra bem, estarão nos representando por 4 anos (8 anos para o caso dos Senadores). Por todo este período, valerá a opinião deles nas decisões. Será, então, que vale votar num candidato qualquer, sem conhece-lo direito (saber sobre seu histórico, seu partido, suas opiniões, seus ideais), ou votar num candidato porque é mais famoso ou porque alguém pediu?! Por conta destes questionamentos que, nas próximas semanas, buscarei recorrer ao tema eleitoral, para que consigamos estimular o diálogo e fortalecer nossos votos, com a esperança de que tenhamos uma eleição que reflita a opinião popular.

Lucas Filipe Toledo
lucasfilipetoledo@yahoo.com.br

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