Feira livre, uma atração turística e uma opção de compra direto do produtor rural
João Lúcio tem um rotina há mais de 40 anos. Aos sábados acorda às 04 horas da manhã e junto com sua equipe carrega o caminhão de mercadorias e equipamentos. É o dia de feira. A estrutura é levada para o local onde funciona a feira livre de Muzambinho na Praça Pedro Alcântara Magalhães (em frente Escola Cesário Coimbra). “Mudou muito ao longo dos anos, tivemos melhorias e sempre tem algum secretário da prefeitura aqui aos sábados para ouvir nossas solicitações. Ao longo dos anos vimos a chegada dos produtores das agricultura familiar, o que trouxe mais opções de produtos cultivados no município para o consumidor”, falou o feirante.
Para a diretora de agricultura Edna Costa “as mudanças estão sendo feitas ao longo desses dois anos de mandato do Paulinho Magalhães e da Heloisa. Primeiro ouvimos o que os feirantes precisavam, ampliamos com mais um dia pra a quarta-feira, providenciamos as barracas. As atrações culturais uma vez por mês valorizam nossos artistas e trazem um público que gosta de apreciar a boa música da nossa cidade. Trouxemos os produtores rurais familiares. Temos a participação de mulheres que são arrimo de família, produzem e trazem para comercializar diretamente com o consumidor. Há espaço para as profissionais que fazem massas, quitandas e doces. Junto com as barracas de pamonhas, vieram outros quitutes de milho verde que caiu no gosto dos compradores”, falou.
CRESCIMENTO – A feira cresceu, ampliou os produtos oferecidos e se firmou com um ponto de encontro e valorização dos produtos do município. Para Sr. José Lau, produtor rural do bairro Santa Maria, “minha mãe prepara as quitandas na sexta-feira e eu trago para vender aqui na feira há mais de 40 anos. Temos também o mel que produzimos. Cada época do ano, uma produção diferente, agora temos o inhame. Esta semana colhemos um com mais de 40 quilos e para facilitar a venda dividimos em partes”, contou orgulhoso o produtor rural.
Já na barraca do Sr. José Carlos e da sua esposa D. Maria é vendida a produção apenas de hortaliças e cheiro verde. “Temos água abundante na propriedade, então facilita muito a produção. Os clientes já estão acostumados, é preciso chegar cedo para conseguir comprar. Então antes das 10h praticamente já terminou tudo. Nós vendíamos ovos, mas com a pandemia tivemos que parar. Retomamos e os clientes voltaram,.No início foi lento, mas agora já estamos com um movimento maior que antes. As pessoas passaram a se preocupar mais com a alimentação saudável depois da pandemia”, falou José Carlos.
CONSUMIDORES – Muitos dos frequentadores aproveitam a feira para consumir os produtos ali mesmo. É o caso do aposentado Márcio Cerávolo, o Pavão. “Venho na feira todos os sábados, compro as bananas que são produzidas na área rural, encontro os amigos, converso e ainda como uma pamonha ou um pastel, um programa que gosto de fazer”, disse.
Inclusive quem vem de outras cidades para visitar os parentes e amigos passam pelas barracas para matar a saudade das comidas do interior. “Viemos visitar nossa amiga Iracema Salomão e agora de manhã fizemos questão de passar pela feira”, disse o aposentado José Carlos Moreira que mora em São Paulo.
PAI PARA FILHO – E nas bancas, o trabalho é passado de pai pra filho. Flávio Silva é a terceira geração de feirantes. “Meu avô passou para meu pai que ensinou pra gente. Hoje temos fregueses que são filhos ou netos dos clientes que eram do meu avô aqui na feira”, falou Flávio.
MÚSICA – Neste sábado (13), véspera do Dia dos Pais, a cidade recebe muitos muzambinhense que vem de outras cidades para visitar os familiares e vão poder contar com uma atração musical na feira, declarou Edna.
(Colaborou: Valéria Vilela)