Muzambinho já é de longa data a cidade dos Festivais!… Quem viveu aquela época dourada dos anos oitenta em nossa Velha Muzamba sabe bem do que eu tôu falando. O Velho Cine São José, o saudoso Cinema do Sêo Hugo, foi o palco de grandes cantores da nossa cena musical que por aqui passaram. Foram dez festivais ao todo, mas nenhum foi como os três primeiros. E eu tive a honra de participar do Terceiro Festival de Música Inédita em 1984, com a música Saudades de Minas, que ficou entre as dez finalistas e só perdeu mesmo o Pôsto de música mais popular porque acabei competindo com o Marco Holanda, que abocanhava todos os prêmios e troféus do Festival, com o seu talento inconfundível traduzido nos versos da música Absinto…! Quarenta anos rolaram por debaixo das águas na Ponte do Tempo e agora, em 2023, tivemos nosso festival ressuscitado novamente num evento especial criado pelo grande Evandro Navarro, com o apôio da Secretaria de Esporte, Lazer, Cultura e Turismo, dando novo fôlego à produção local. Novos compositores vão surgindo ao lado dos antigos, com uma nova safra pra lá de especial! Eu costumo dizer que essa Mostra de Música Autoral, a FestiMuza, é uma crua do Sarau que todo final de mês dá vida e brilho ao Palco da Sala Dionísio Azevedo, na Casa da Cultura…! Não teve como a gente ficar de fora…todos os participantes dos Saraus acabaram entrando nessa onda…O Claudinho Silveira compôs pela primeira vez, com o seu “Irmão do Sol, Primo da Lua”. A Thaís Podestá criou coragem e abrilhantou o FestiMuza com a sua voz aveludada, numa composição que destaca a presença da mulher na Cena Musical. A pequena e dôce Manu brilhou com seu ganzá e sua voz, ao lado de Ney Romão, em uma meia dúzia de músicas da qual participou com todo o seu talento de menina que você a música no seu dia a dia, junto com o seu pai Miltinho Araújo. O Ique veio defender sua composição “Classe Média”. O Tuka Oliveira nos brindou com um clipe fenomenal…e também o André Rossi…!
Quito Pereira esbanjou talento e simpatia com sua música cheia de emoção. O Fubá não deixou por menos com todo o seu talento e ginga musical. Giovane Sandy mostrou a que veio com o seu pé fincado no sertão. O Guizão esmerou seus acordes e sua voz inconfundível no violão. Marcos Aurélio Gaspar nos encantou deixando a todos boquiabertos com a sua exclamação! E o Lino Violeiro não se fêz de rogado, dedilhou poemas sonoros na sua viola mágica. E, quando tudo parecia tão normal, heis que surge ele, o Papai Noel que não é nem do Polo Norte nem do Polo Sul, mas sim do Polo Dipe, acompanhado de T.M. “Blues” Mamede, que desta vez deixou de lado a sua gaita de bôca e se aventurou no pandeiro, acompanhando o Bom Velhinho numa hilária embolada que levava o nome de O ABECÊ de JÚ Capêta…! E tudo isso aconteceu na noite mágica do dia 21 de dezembro de 2023, uma quinta-feira, às oito horas da noite, na Casa da Cultura de Muzambinho, com apresentação do mestre de cerimônias Evandro Navarro e a transmissão ao vivo pela Live feita pela nossa querida Bianca Tardeli, com toda a magia da sua câmera encantada…Que venham novas Mostras Autorais! O Bom Gôsto Musical agradece…!
Paulo Dipe 25/12/23
Segunda-feira, + ou – 6hs duma tarde de Natal…!