Geada atinge cafezais e pastagens no Sul de Minas e preocupa produtores

Share on facebook
Facebook
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on email
Email
Share on print
IMPRIMIR
Share on facebook
Share on whatsapp
Share on email
Share on print

O mês de julho se despede deixando o campo coberto de gelo em várias cidades do Cinturão do Arábica. A forte queda nas temperaturas na quarta-feira, 30 de julho, provocou geadas em propriedades rurais e até em áreas urbanas, acendendo o sinal de alerta entre os produtores de café e soja.

Na zona rural de Cabo Verde, o cafeicultor Leandro Reis, do bairro São Bartolomeu, registrou 3ºC ao amanhecer. Segundo ele, o cenário chamou a atenção pela beleza, mas trouxe apreensão. “Acordamos com tudo branquinho. Uma paisagem bonita, mas que preocupa. Geada é sempre um risco para gente que vive do café “ afirmou.

Em Jacuí, na fazenda Monjolo Queimado, a produtora Marta também acompanhou o avanço do frio nas primeiras horas do dia. “Nas baixadas, o café amanheceu com as folhas cobertas de gelo. Agora é esperar para ver o impacto nas plantas” disse.

Em São Pedro da União, o produtor Fernando Barbosa mostrou as pastagens congeladas no bairro Arrudas. Já em Nova Resende, o gelo cobriu parte dos cafezais no bairro São João.

Além das lavouras, o frio também impactou áreas urbanas. Em Muzambinho, os campos de futebol da Barra Funda, Brejo Alegre e do Distrito do Moçambo, localizados em pontos mais baixos da cidade, amanheceram brancos de gelo.

No Cerrado Mineiro, em Patrocínio, a situação foi ainda mais crítica: os termômetros marcaram 1ºC, atingindo não só o café, mas também lavouras de soja. “As folhas ficaram queimadas, a lavoura ressentiu”, relatou um agricultor da região.

Esta é a segunda adversidade climática enfrentada pelo setor em menos de um mês. No início de julho, chuvas de granizo atingiram cafezais em regiões como Muzambinho, Monte Belo e Monte Santo de Minas. Agora, a geada reforça o clima de tensão no campo e traz incertezas sobre o impacto na produtividade da safra.

A previsão do tempo indica que as temperaturas devem permanecer baixas até o início de agosto, especialmente nas áreas de maior altitude. Especialistas recomendam monitoramento contínuo e atenção aos sinais de estresse nas lavouras.

 

(Colaborou: Valéria Vilela)

Notícias Recentes