Muzambinho, 19 de setembro de 2024

GEADA NO CAFÉ TRAZ MINISTRA DA AGRICULTURA EM ALFENAS

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A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, visitou na sexta-feira, 23, áreas cafeeiras fortemente castigadas pelas geadas que atingiram regiões produtoras do Sul de Minas nos últimos dias, oportunidade em que reuniu-se no Sindicato Rural de Alfenas com produtores, lideranças políticas, e classistas que representam a cafeicultura.

“Viemos aqui para verificar os estragos, não só no café, mas também com a fruticultura e o milho safrinha, que já sofriam com a seca e agora com a geada. Vocês não estão sozinhos, fiz questão de trazer aqui gente que conhece de café para encontrarmos uma saída”, disse a ministra, para um auditório repleto. Um produtor e o prefeito de Três Pontas, falaram em nome dos presentes, manifestando preocupação com os estragos da geada.

“Agora há pouco estava falando com o presidente Jair Bolsonaro, viemos aqui para ver, ouvir e encontrar uma solução com muita união. Temos que fazer um levantamento muito bem feito e achar uma solução, que não será única para todos, porque a geada pegou pontos diferentes para todos”, continuou a ministra, aplaudida pelos presentes, que consideram a sua fala realista.

A ministra desembarcou no aeroporto de Varginha, acompanhada do presidente do Sebrae, Carlos Melles; do deputado federal Zé Vitor (PMN/MG), do presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro; além do secretário executivo e do diretor de comercialização do ministério, respectivamente Marcos Montes e Silvio Farnezi. Em Varginha foram recebidos por parlamentares da Frente do Café, entre os quais o mineiro EmidinhoMadeira (PSB/MG) e o capixaba Evair de Melo (PV/ES), além do vice-presidente da Assembleia Legislativa de Minas, Antônio Carlos Arantes (PSDB).

A comitiva visitou a Fazenda Primavera, localizada entre Alfenas e Areado, conhecendo uma amostra da cultura afetada pelo fenômeno climático, considerado o maior nos últimos 27 anos, e que trouxe prejuízos para os cafeicultores – muitos deles com estoque de dívidas, o que aumentou a aflição no setor produtor na cafeicultura nacional.

De acordo com os primeiros levantamentos realizados por entidades de pesquisa e cooperativas, a estimativa é de que a geada provoque uma perda no Sul de Minas que pode passar de 7 milhões de sacas em 2022. Segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), haverá pouca produção de café no ano que vem já que as floradas foram prejudicadas. O prejuízo total ainda é avaliado por agrônomos, mas a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) também já estima que possa ser de 7 milhões de sacas de café para a produção de 2022.

Ainda avaliando os prejuízos, as cooperativas já comparam os estragos causados na pior geada do Sul de MG, em 1994. A Epamig estima que a área que sofreu danos na região seja de 20% a 30%.

Secretaria de Agricultura de Minas, Ana Maria Soares Valentini, em sua mensagem reforçou o apoio do governoRomeu Zema aos cafeicultores. “Sou produtora, sei como é duro enfrentar uma adversidade como essa. A perda é muito grande para os produtores e diversos setores, e a primeira coisa que precisamos é de um laudo honesto, verdadeiro, para que a gente possa realmente ajudar quem mais precisa. A Emater estará em campo para fazer estes laudos com georeferência, com o apoio da Embrapa e das cooperativas”, pontuou a secretaria.

Parlamentares da Frente do Café, em discurso ou entrevistas no local, foram unânimes em destacar a importância da união entre produtores e lideranças, apoiaram a proposta do levantamento real dos estragos, e pediram à ministra uma audiência na primeira oportunidade após os estudos dos estragos estarem concluídos.

Presidente do Sebrae Nacional e agrônomo e dirigente com uma vida dedicada ao café, Carlos Melles acompanhou a ministra e na aproximação para pouso em Varginha explicou a ela os estragos, que desta vez atingiu cafés na baixada e também em áreas mais elevadas. Ainda no voo, Melles levou um coletânea de estudos técnicos publicados pelo Informe Agropecuário da Epamig, muitos de sua autoria, detalhando aspectos da incidência e recuperação de geadas. “O impacto da geada nos cafeeiros reflete imediatamente no campo, e traz prejuízo também no meio urbano. Estamos preocupados, pois o produtor já sofre com seca e endividamento, e a geada vai trazer prejuízos também nas cidades, especialmente para os pequenos negócios”, disse Melles.

(Ascom)

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