Kalil defende maior protagonismo político de Minas Gerais: “Precisa voltar a ser um Estado pujante”

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Em sabatina, candidato a governador pelo PSD criticou a redução dos investimentos no governo Zema, como na manutenção de estradas, que caiu de R$ 2 bi para R$ 300 milhões

O candidato ao governo de Minas Gerais, Alexandre Kalil, do PSD, participou na segunda-feira, 5 de setembro, de sabatina promovida pela Rádio CBN e os jornais O Globo e Valor Econômico. O ex-prefeito de Belo Horizonte criticou a inércia do governo Zema e defendeu maior protagonismo político do Estado. “Minas Gerais já foi um estado importante, mas perdeu a importância”, declarou.

Kalil destaca a necessidade de negociações da dívida estadual com o governo federal. Ele também abordou diversos temas na entrevista de uma hora e meia de duração, como o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), a construção do Rodoanel, a mineração, a participação feminina na administração pública, a pandemia, a aliança com o Partido dos Trabalhadores (PT) e o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.

Para o candidato, é importante resgatar a força política de Minas Gerais. “Nós somos o segundo estado da Federação e o segundo colégio eleitoral. O senhor presidente da República acha que Minas Gerais é um lixo?”, questionou. Kalil lembrou que, na gestão de Lula, havia cinco ministros de Estado no governo federal e, atualmente, não existe um sequer. 

Kalil enfatizou que, para reposicionar Minas Gerais no mapa político do país, é preciso negociar a dívida do estado com a União, mas descartou a forma com a qual o governo de Romeu Zema e o Partido Novo conduziram a proposta. Em seu programa, Kalil destaca que o Estado tem sido benevolente com a União, abrindo mão de receitas e recursos alheios. 

Infraestrutura

O candidato da coligação Juntos pelo Povo de Minas Gerais falou que sua prioridade é investir em infraestrutura para atrair investimentos e combater o descaso em que se encontram a educação, a saúde e a malha rodoviária, a maior do país. “Minas Gerais nunca foi tão ruim assim. Minas Gerais já foi um Estado pujante. Minas Gerais já teve investimento de R$ 2 bilhões por ano para manutenção de estradas, e agora tem R$ 300 milhões”, disse, apontando que também é necessário que o governo federal contribua com a recuperação de estradas federais que cortam o Estado.

“Eu sei a importância de quem senta na cadeira de governador. Vamos parar de brincar. É o governador do segundo Estado da Federação. Tem que respeitar Minas Gerais. Já chega de desrespeito com o nosso Estado, já chega de zombar e vir aqui pedir voto”, declarou, referindo-se ao atual presidente da República Jair Bolsonaro, que tem feito visitas de campanha em Minas. “Pode ser quem for. Eu não vou lamber pé de presidente da República. Eu tenho humildade para tentar resolver.”

O ex-prefeito da capital comentou que a proposta do RRF fracassou no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul. “Tentaram fazer de toda forma um regime fracassado, tentando empurrar para Minas Gerais uma coisa que já deu errado em dois Estados. Então, falar de colocar alguma coisa no trilho é cruel, porque o povo está passando necessidade. O Estado está abandonado. O número de pobres dobrou no Estado, tem fome, e muita. E nós vamos resolver isso em Brasília.”

Kalil leu trecho da lei que rege o Regime de Recuperação Fiscal, indicando a impossibilidade de contratação de pessoal, como médicos e professores, e de reposição salarial, caso da Polícia Militar, que há anos não tem esse ajuste. Kalil disse que, se eleito, o Regime de Recuperação Fiscal proposto por Zema será revogado no primeiro dia de seu mandato. “Nós temos um plano para recuperar o Estado e é negociar em Brasília. Não se recupera o segundo Estado da federação sem passar por Brasília. Não tem a menor possibilidade. Todo mundo sabe disso”, afirmou.

Para solucionar a questão fiscal, Kalil comentou que, além de revogar o atual acordo do RRF, pretende formar uma comissão e, em seguida, “acampar em Brasília” para negociar um novo acordo. “Porque é um Estado que não tem médico, não tem professor na escola e não tem estrada, que está todo devastado, temos que acampar em Brasília”.

(ASCOM)

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