Até o dia 8 de março, vamos destacar 10 mulheres que vem apresentando resultados na gestão dos negócios. Começamos com a cafeicultora Carmem Lucia.
Em assembleia realizada no fim do ano passado, os conselheiros da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) elegeram Carmem Lucia Chaves de Brito, a “Ucha”, presidente da entidade para este ano, até 30 de novembro de 2024. Representante das fazendas Caxambu e Aracaçu, em Três Pontas (MG), ela retorna à função que exerceu por dois anos, de 2017 a 2019, sucedendo Henrique Cambraia, que será seu vice nesses 12 meses.
A cafeicultora Carmem Lucia Chaves de Brito, a “Ucha”, foi eleita presidente da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), o mandato termina em 30 de novembro de 2024. Esta é a terceira vez que a cafeicultura de Três Pontas assume a associação. Cheia de expectativas ela conhece bem os desafios deste mandato. “Vamos para uma administração focada em união das entidades e setores produtivos dos cafés do Brasil, sempre com o propósito de, em sinergia, representar, promover e divulgar toda a nossa produção de cafés especiais no mundo”, explica.
Ucha assume sucedendo Henrique Cambraia, que será seu vice nesses 12 meses. Nos últimos dois anos, a entidade teve importantes desafios, que envolveram mudança na direção executiva, reestruturação do planejamento estratégico e alterações na direção de instituições parceiras. “Foram ocasiões importantes para a BSCA e compreendo que, hoje, ultrapassados os obstáculos, assumo a presidência em um novo momento da Associação, cada vez mais madura e preparada para representar os cafés especiais do Brasil”, analisa.
A recondução de Ucha para a presidência, aponta uma tendência que se fortalece, a cada dia, que é o maior envolvimento das mulheres em postos de lideranças do agronegócio. “Somos muito detalhistas, comunicativas e abertas às novidades, perfil que nos possibilita uma condução de mente aberta e proativa, de maneira a buscar sempre os melhores caminhos e opções, nesse caso, para os cafés especiais do Brasil e a todos os seus atores. Acredito que meu retorno reforça, ainda mais, o quanto a mulher tem se destacado no mundo do empreendedorismo do agronegócio brasileiro”, comenta.
“É sempre uma honra, não apenas fazer parte da BSCA, mas, por mais uma vez, receber a confiança dos membros da Associação na tarefa de conduzir, junto a um conselho maravilhoso, a presidência de nossa entidade. Com muita alegria e, claro, muita responsabilidade com todos os elos da cadeia café que a BSCA representa, conduziremos mais um importante ciclo de fortalecimento da instituição, que tem representado, de forma ímpar, a cafeicultura brasileira no mundo todo”, encerra a presidente.
A nova presidente enaltece, ainda, o importante avanço que a BSCA deu no Cup of Excellence (CoE), maior concurso de qualidade para cafés especiais no mundo, realizado, no Brasil, pela Associação em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Alliance for Coffee Excellence (ACE).
“A BSCA acabou de dar um relevante passo no Cup of Excellence 2023, sendo mais uma vez pioneira ao inovar com a proposta dos cafés experimentais, categoria incluída na competição do ano passado que avaliou cafés que passaram por algum processo induzido de fermentação. O resultado, conforme o retorno internacional que tivemos, foi sensacional, tanto que a categoria deverá ser adotada no CoE dos outros 14 países que o realizam. Além de demonstrar a vanguarda, essa nova categoria reflete a capacidade que o Brasil tem de produzir e entregar ao mundo o mais amplo portfólio de cafés especiais do planeta”, celebra.
Ucha anota, por fim, que a BSCA seguirá com o foco de seu trabalho voltado a novidades acadêmicas e tecnológicas, sustentabilidade, atendimento aos critérios da governança socioambiental e aos objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU).
“Vamos continuar a trajetória de inovação, trazendo jovens para junto da diretoria, já pensando no processo de sucessão da Associação, além de promover, cada vez mais, a pluralidade e o respeito ao meio ambiente e às pessoas do setor produtivo do Brasil”, concluiu.
(COLABOROU: VALÉRIA VILELA)
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