Monte Belo se consolida como polo de moda íntima no Sul de Minas

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Com o apoio do Sebrae Minas, foi fundada a Associação dos Empresários Montebelenses de Moda Íntima (AMMI) em 2019 para fortalecer o segmento

O município de Monte Belo, no Sul de Minas Gerais, vem ganhando destaque como um dos principais polos de produção de moda íntima do estado. Atualmente, a cidade possui cerca de 140 fábricas do segmento, boa parte lideradas por mulheres. Juntas, as empresas empregam cerca de 2 mil profissionais, o que representa aproximadamente metade da mão de obra local.

O crescimento do número de empreendimentos movimenta uma ampla cadeia produtiva e impacta positivamente a economia do município de pouco mais de 13 mil habitantes. Por causa disso, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita da cidade cresceu 32% em pouco mais de quatro anos e é de R$ 27.847,63, conforme o último levantamento do IBGE (2021).

Com o apoio do Sebrae Minas, foi fundada a Associação dos Empresários Montebelenses de Moda Íntima (AMMI) em 2019 para fortalecer o setor de moda íntima da cidade. A partir da entidade, os empresários investiram em capacitação, inovação e melhoria da gestão, o que contribuiu para a profissionalização das confecções e o fortalecimento da identidade local no mercado. Por meio do compartilhamento de informações, as micro e pequenas empresas tiveram expansão, ao trocar experiências e conseguir bons fornecedores e compras coletivas de insumos e parcerias em capacitações.

Diversas marcas de moda íntima cresceram juntas nos últimos anos. Criada há quase duas décadas, a La Rose iniciou suas atividades no mercado com investimento mínimo de R$ 100 da proprietária, Rosenilda Caldas Souza. “Iniciei costurando no meu quarto e não imaginava a proporção que a La Rose tomaria Em Monte Belo, fui a segunda pessoa a trabalhar com lingerie. Hoje, atingimos uma produção de 25 mil peças ao mês, vendemos para todo o Brasil e já exportamos para Chile, Canadá e Estados Unidos. E o papel do Sebrae Minas foi fundamental, ao oferecer treinamentos e consultorias para as donas de fábricas. O Sebrae Minas acreditou na gente mais que nós mesmos”, pontua a empreendedora.

A marca D’Raje também teve salto no mercado, ao investir em peças que valorizam a beleza e a autoestima feminina. Segundo a proprietária Jéssica Coccarelli, a empresa começou a se desenhar a partir de um sonho bem antigo de investir no empreendedorismo. “Toda a minha família estava engajada nesse desejo. Compramos máquinas usadas e demos o pontapé na produção. Produzimos 15 mil peças por mês, vendemos para todos os estados, por meio do e-commerce, e atendemos alguns países com nossas coleções. O divisor de águas no nosso crescimento foi o apoio do Sebrae Minas, que nos ofereceu diversos cursos e consultorias para a melhoria dos produtos, por meio da associação”, afirma.

Por sua vez, a empresária Valéria da Silva está à frente da Vivance, que investe em capacitação da equipe, aprimoramento dos processos produtivos e no fortalecimento da identidade da marca desde o início da fábrica. “Comecei há 17 anos e já havia outras empresas de moda íntima em Monte Belo. Eu já gostava de costurar e a partir daí começou a vontade de empreender. Comecei produzindo minhas próprias peças e deu certo. Hoje trabalhamos atacado e varejo, com produção de até 7 mil peças mensais”, explica.

 

Valorização do território

A partir da atuação da associação, as diversas marcas já participaram de sete edições da Feira da Moda Íntima de Monte Belo (Feammi). A rede de apoio permitiu que o polo se consolidasse no mercado nacional e ganhasse espaço em outros países, criando uma identidade baseada na confiança, na cooperação e na valorização do território.

“A cultura da cooperação foi fundamental para a expansão das fábricas. Quando os empreendedores e empreendedoras entenderam que crescer juntos era mais vantajoso do que competir entre si, o polo se fortaleceu. Isso permitiu avanços importantes na organização da produção, na qualificação da mão de obra e no acesso a mercados mais exigentes. A partir disso, a moda íntima local passou a ter maior competitividade, com produtos de mais qualidade e identidade própria, além da ampliação das vendas dentro e fora do estado”, ressalta a analista do Sebrae Minas Adaiby Gonçalves.

Assessoria de Imprensa Sebrae Minas

 

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