LISBOA – O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), evidenciou a líderes políticos internacionais, na sexta-feira (30), em Lisboa, o fracasso dos ataques à democracia brasileira observados recentemente no Brasil, cujo ápice se deu com as invasões às sedes dos Três Poderes, em janeiro deste ano, em Brasília. O senador ressaltou que as instituições brasileiras demonstraram força e se mostraram resilientes diante do episódio e ainda exaltou a segurança do sistema eleitoral brasileiro.
Durante a celebração do Dia Internacional do Parlamentarismo e aniversário de 134 anos da União Interparlamentar (UIP), na Assembleia da República, em Lisboa, Rodrigo Pacheco relembrou que uma minoria insatisfeita com o resultado das eleições tentou fazer valer uma narrativa de fraude eleitoral, nunca comprovada. “Falharam aqueles que pretendiam provocar tumultos para afrontar nossas instituições democráticas. O conjunto da vontade de diversos setores da sociedade brasileira, ombreados com as principais autoridades Legislativas e Judiciárias, assim como importantes setores das próprias forças armadas, rejeitaram o descarte da democracia. Mas tais acontecimentos nos alertaram que a vigília continua necessária”, destacou.
O senador enfatizou ainda que esta vigília deve ser feita pelos parlamentos em todo o mundo, levando em consideração que regimes antidemocráticos atentam contra a consolidação da democracia, como evidenciou-se na primeira metade do século 20. “Em maior ou menor grau, estamos sentindo, desde aquela época aos dias de hoje, que a democracia, como organizadora do pacto social contemporâneo, deve sempre ser mantida sob estrito cuidado e atenção, principalmente sob olhos vigilantes dos parlamentos”, disse.
O presidente do Senado Federal enfatizou ser responsabilidade dos parlamentares demonstrar à população que sob a democracia há a garantia do direito à manifestação de vontades e o espaço para discussão das diferenças de propostas. “Cabe a nós, parlamentares de todos os países democráticos, manter o convencimento do conjunto da sociedade no acerto da opção pelo credo democrático, que será nossa estrela guia ainda por longo tempo”, afirmou.
Meio ambiente
Pacheco também declarou que o Brasil reconhece a responsabilidade que tem em relação à Floresta Amazônica, um dos biomas mais importantes do planeta e cuja preservação é necessária. “Cabe ao nosso Congresso Nacional, que presido, encontrar o ponto de equilíbrio que garanta o cumprimento dos acordos estabelecidos junto ao coletivo das nações sem comprometer o bem-estar da população que representamos, nem prejudicar a nossa busca por eliminar as profundas desigualdades que ainda nos afligem”.
(ASCOM)