Apenas a cidade de Juiz de Fora, na Zona da Mata, concentra 23,5% dos diagnósticos do tipo, conforme a Secretaria de Estado de Saúde
Em apenas quatro dias, os casos da variante Delta do novo coronavírus aumentaram 70,5% em Minas Gerais: de 102 para 174. Os dados são do painel da Secretaria de Estado de Saúde (SES) e estão distribuídos por 59 prefeituras.
Conforme o balanço da SES, somente Juiz de Fora, na Zona da Mata, concentra 41 diagnósticos – 23,5% do total. Em Belo Horizonte, são 13 casos confirmados da variante Delta. A informação foi publicada, inicialmente, pelo jornal “O Tempo” e confirmada pelo Estado de Minas.
Na sequência, aparecem Itabirito (Central) e Unaí (Alto Paranaíba) com 12 diagnósticos cada. Há dois casos “importados” de outros estados.
Entre as macrorregiões de saúde de Minas Gerais, apenas três não computam casos da Delta: Leste, Oeste e Jequitinhonha. A liderança é da Sudeste com 61 diagnósticos. Depois, aparecem Centro (50), Noroeste (17) e Norte (11).
Minas também registra 219 da variante Alpha (Reino Unido), cinco da B.1.621 (Colômbia), 2.576 da Gamma (Brasil) e 492 da Zeta (também detectada pela primeira vez no Brasil).
Há, ainda, 193 diagnósticos de outras cepas não informadas pela SES. A preocupação fica por conta do feriado prolongado do dia 7 de setembro, já que, historicamente, sempre houve proliferação do vírus nesses períodos.
Por que a Delta preocupa?
Um estudo publicado na revista científica The Lancet no último sábado (28/8) apontou que os infectados com a variante Delta do novo coronavírus têm o dobro de risco de serem hospitalizados.
A comparação foi feita com pessoas que contraíram a cepa Alpha do vírus, detectada no Reino Unido em novembro passado.
Além disso, ela propaga em velocidade muito maior que as outras cepas.
A variante afeta a vacinação?
O avanço da Delta tem levado governos locais a optarem pela antecipação da segunda dose da vacina contra a COVID-19, o que poderia aumentar a chance de proteção contra a cepa.
A presença com frequência da variante também tem fortalecido debates sobre a aplicação da terceira dose em populações mais vulneráveis, como os idosos.
Na quarta-feira passada (25/8), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou a necessidade de aplicação da dose extra.
O governo federal também fala em reduzir o prazo entre a primeira e a segunda dose dos imunizantes da Pfizer/BioNTech e da AstraZeneca (Oxford/Fiocruz) das 12 semanas estipuladas atualmente para oito.
(Fonte: Estado de Minas)