A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, na manhã da quarta-feira (10/12), em Guaxupé, a Operação Última Gota, voltada ao enfrentamento de um grupo criminoso de origem estrangeira suspeito de atuar na região por meio da prática conhecida como “gota a gota”, além de extorsão, lavagem de dinheiro e outros crimes correlatos.
As investigações, conduzidas pela Delegacia de Polícia Civil de Guaxupé ao longo dos últimos meses, identificaram um núcleo de indivíduos que se estabeleciam temporariamente no município e operavam um esquema de empréstimos com juros abusivos, cobrados de forma sistemática e intimidadora. Segundo apurado, parte dos valores arrecadados era remetida ao exterior por meios clandestinos, evidenciando o caráter organizado e transnacional da atividade ilícita.
Durante a ação policial, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão expedidos pelo Poder Judiciário, em endereços ligados aos investigados. Nos locais, os policiais civis buscaram cadernos de cobrança, listas de devedores, aparelhos de telefonia, valores em espécie, comprovantes financeiros e outros elementos relevantes para o aprofundamento das investigações.
Ainda no contexto da operação, cinco investigados foram conduzidos à delegacia para prestar esclarecimentos. Como não houve situação de flagrante delito, eles foram ouvidos e liberados, e os depoimentos passaram a integrar o inquérito policial em andamento.
A atuação do grupo seguia um padrão já identificado em outras regiões do país, com divisão de tarefas, utilização de motocicletas para deslocamentos rápidos, comunicação por aplicativos e cobrança frequente com forte pressão psicológica, o que gerava insegurança entre comerciantes da cidade.
Segundo o delegado Tales Moreira, responsável pelas investigações, a operação representa um avanço significativo no combate a esse tipo de crime:
“Trata-se de uma investigação complexa, conduzida de forma técnica e sigilosa, com foco na proteção dos comerciantes e na interrupção de um ciclo de exploração financeira que causa profundo impacto social. A Polícia Civil seguirá atuando de forma firme contra esse tipo de prática”, afirmou.
A Polícia Civil reafirma seu compromisso com a repressão qualificada às organizações criminosas e com a proteção da população, especialmente das vítimas submetidas a práticas abusivas.
Novas informações poderão ser divulgadas conforme o avanço das investigações.
(ASCOM / PC)