MUZAMBINHO – A “Praça dos Andradas”, como é conhecida popularmente a Praça Pedro de Alcântara de Magalhães, está sendo revitalizada. O local que é uma réplica de um dos canteiros de Verssalles na França tem uma relação intensa com a história do município e da sua gente.
Há no local árvores que foram plantadas por estudantes há mais de 100 anos. Uma muda de cedro do Líbano, foi plantada por um grupo de muzambinhenses que foram a terra santa e trouxeram a árvore que está no jardim.
Entre os canteiros, há muitas história e memórias do município. As figueiras (eram duas) que agora brotaram, vieram do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e foram plantadas na implantação do jardim.
O Obelisco em homenagem ao IV Centenário do Descobrimento do Brasil, foi tombado pela sua importância cultural para a cidade.
Como consta no Decreto de Tombamento n° 1211/1997, o monumento foi erguido também para homenagear os pracinhas muzambinhenses que serviram na Segunda Guerra Mundial em 1945. A construção foi feita em 1900, em comemoração aos 400 anos de Descobrimento do Brasil.
As praças representam o mais nobre desses espaços, de convivência social coletiva e harmônica. Por essa razão, a praça representa o direito à vida e à liberdade, assegurados no art. 5º, caput, da Constituição Federal. Cuidar e preservar o espaço público das praças é um gesto de apoio a democracia e liberdade.
De acordo com a professora do departamento de geografia da Universidade de Lisboa, Alexandra Filipo, “as mudanças globais das cidades contemporâneas geraram uma nova atitude na compreensão do espaço público. A transformação da sua estrutura econômica e social, a sua organização espacial e a sua configuração formal marcam a produção de novas territorialidades através de visões antagónicas: atores institucionais versus cidadãos”, pontuou em seus estudos.
Sendo assim, a ação política e as diferentes expressões têm nas praças o seu lugar assegurado. Um lugar por excelência da comunicação, do encontro multicultural e social.
Fundamental é entender que o espaço principal da atividade política é a praça, o espaço do pertencimento e da organização social. Assim, quem cuida da praça, preserva a democracia, estimula o diálogo, o encontro e a convivência dos diferentes pontos de vista sempre prontos a acolher o outro com sua diversidade e pluralidade.
Em Muzambinho, é na Feira Livre, realizada na praça que o rural e o urbano se encontram, se entrelaçam e se tocam, numa troca de desejos, consumos e ideais.
É também neste espaço que o novo vai tomando seu espaço legitimo, onde os estudantes inundam com sua alegria e pensar inovador e desafiam o poder a repensar o espaço da praça como público não como propriedade. E precisamos no pós pandemia reaprender a ocupar as praças para o encantamento e o enamoramento da vida.
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