“Trump é visto como perigoso e arrogante por maioria global “(Revista “Forum)
1- Sinal inquietante dos avanços do autoritarismo nos Estados Unidos da era Trump. O Governador do Texas, aliado incondicional do ocupante da Casa Branca, ordenou diligencias policiais com o fito de prender Deputados Estaduais que se recusam a participar de votação relativa a uma redefinição dos distritos eleitorais existentes no estado. A redefinição pretendida objetiva criar condições mais favoráveis à escolha de candidatos republicanos nas eleições parlamentares deste ano. Como os democratas conseguem sempre vitoria nas urnas nos pleitos parlamentares no Texas, Donald Trump armou essa estratégia imaginando a possibilidade de reverter em seu favor os resultados da próxima disputa de votos. Decididamente, os Estados Unidos de Trump não são os Estados Unidos Jefferson, Lincoln, Roswell, Kennedy, Carter, Obama.
2- Deu mesmo a louca – O Primeiro Ministro de Israel Benjamin Netanyahu anunciou,eufórico, o lançamento da candidatura de Trump ao Nobel da Paz. Trump agradeceu a indicação todo comovido com lagrimas nos olhos. O mundo recebeu o comunicado como pilhéria de mau gosto, em clima de perplexidade.
3- Brasil, 50 por cento; Índia, 50 por cento; África do Sul, 35 por cento. Estes países, integrantes dos BRICS, são juntamente com a Suíça, os mais atingidos pelo “Tarifaço” que está abalando a ordem econômica mundial. No tocante a Índia e África do Sul, Trump ousou também “justificar” as sobretaxas com alegações políticas, mas foi no caso brasileiro que seu surto de maluquice se revelou mais contundente.
4- É verdade. A visceral arrogância de Donald Trump, seu vedetismo emplumado, seu linguajar chulo, são mesmo de natureza a produzir riscos de contatos embaraçosos e sumamente desagradáveis. Já aconteceu, no salão Oval da Casa Branca com alguns Chefes de Estado. Mesmo assim, entendemos que o Presidente Lula não deveria se furtar à tentativa de um diálogo que pudesse contribuir para a solução de contencioso comercial e, eventualmente, para que o Presidente da Nação amiga pudesse recobrar a razão. Já está muito bem definido pelo Brasil que uma conversação desse gênero se cingiria única e exclusivamente a aspectos econômicos, já que a soberania Nacional não é moeda de troca.
5- O grupo de Parlamentares que ocupou, por algumas horas, os Plenários do Congresso Nacional deu provas de raquitismo político nunca dantes visto. As inéditas cenas foram simplesmente deprimentes e patéticas. A democracia não comporta reações tão frívolas. As discordâncias de ideias e posicionamentos devem ser discutidas justamente nas tribunas que os parlamentares indisciplinados quiseram silenciar. Ainda bem que o comando das duas Casas do Congresso resolveu partir para o enfrentamento da anômala situação.
*Cesar Vanucci – Jornalista(cantonius1@yahoo.com.br)