Abrasel aponta que 80 mil estabelecimentos deixaram de existir no país por conta da crise econômica causada pela pandemia
O setor de bares e restaurantes é um dos mais atingidos pela pandemia causada pela Covid-19 no Brasil. Estabelecimentos pensados para atender aqueles que almoçam fora e buscam uma refeição rápida, especialmente em regiões com grande concentração de escritórios, estão deixando de existir devido às medidas de restrição e às altas taxas ao trabalho remoto.
Muitos dos chamados restaurantes “por quilo” ou self-service, que contavam com um movimento altíssimo antes da crise, atualmente contam com menos de 10% do movimento pré-pandemia. Estabelecimentos antes lotados em dias de semana agora apresentam placas de venda em suas fachadas.
De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o Brasil tinha cerca de 200 mil restaurantes desse tipo espalhados por todo território nacional. A estimativa atual é de que este número tenha caído para 120 mil, o que representa o desaparecimento de 80 mil negócios.
A associação ainda estima que só no estado de São Paulo, 50 mil estabelecimentos fecharam as portas definitivamente durante a pandemia, sendo 12 mil apenas na capital paulista.
“O setor de bares e restaurantes é um dos que mais conta com pequenos empreendedores no país e, destes, a maioria está endividada. Muitos estabelecimentos são pequenos negócios e até mesmo negócios familiares, o que dificulta a renegociação de dívidas e a quitação de pendências fiscais”, comenta Thomas Carlsen, COO e co-fundador da mywork, startup especializada em controle de ponto online e gestão de departamento pessoal para pequenas e médias empresas.
A Abrasel aponta também que cerca de 335 mil bares e restaurantes já encerraram as atividades definitivamente no país, considerando todos os segmentos.
“O fechamento de portas não representa apenas um encolhimento na economia, mas também a extinção de milhões de postos de trabalho, o que só aumenta as taxas de desemprego no país”, avalia o executivo, “A sobrevivência de restaurantes por quilo e de tantos outros empreendimentos do setor depende diretamente da aceleração da vacinação”.
(ASCOM – [email protected])