O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (Democratas), afirmou, na segunda-feira (14), que é essencial a criação imediata de outro programa social que suceda o auxílio emergencial quando do seu término. O senador mineiro entende que enquanto não houver oferta de emprego para as pessoas se realocarem no mercado de trabalho, o estado precisa dar o mínimo de dignidade para que a parcela dos brasileiros nessa situação tenha comida na mesa.
Pacheco disse que o impacto orçamentário desse novo programa, ante as riquezas produzidas pelo país, não seria impeditivo para conceder um benefício dessa natureza. “É muito importante que o Congresso Nacional tenha a consciência de que o auxílio emergencial, ao ser finalizado, precisa ser imediatamente sucedido por um programa social que atinja toda essa camada vulnerabilizada da sociedade, tanto aqueles beneficiários do auxílio emergencial, quanto aqueles beneficiários do Bolsa Família. Ou seja, as pessoas que realmente precisam do auxílio do estado, para se manterem com o mínimo de dignidade, para ter comida na mesa. Nós temos essa consciência e existe o diálogo permanentemente com o Ministério da Economia e com o Ministério da Cidadania para a construção desse programa”, destacou.
Pacheco ressaltou ainda ser importante que o benefício a ser criado tenha valores compatíveis com a escalada atual de aumento do preço dos itens da cesta básica e, ao mesmo tempo, apresente mecanismos de estímulo para que essas pessoas possam buscar a reinserção no mercado formal de trabalho. “As pessoas querem trabalhar, têm condições de trabalhar, querem viver da sua capacidade de trabalho, mas elas precisam ter oportunidade para isso. Mas, enquanto não houver oferta de trabalho para essas pessoas, o Estado tem a obrigação de ajudá-las a sobreviverem e terem o mínimo de dignidade”, ressaltou o presidente do Senado.
*Auxílio*
O auxílio emergencial foi criado em abril do ano passado para garantir uma renda mínima aos brasileiros em situação de vulnerabilidade social durante o período de calamidade pública por causa da pandemia da Covid-19. Na época, o valor de R$ 600 foi pago entre abril e agosto aos beneficiários, sendo reduzido para R$ 300 nas parcelas entre setembro e dezembro. Segundo o governo federal, em 2020, aproximadamente 68 milhões de brasileiros receberam o benefício. Neste ano, o subsídio foi reeditado com quatro parcelas, com valores entre R$ 150 e R$ 375. A vigência do benefício vai até fim de julho.
(Ascom)