Seis passos para escolher um candidato

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“Daqui algumas semanas, vamos escolher nossos representantes”. Esta é uma frase bem corriqueira no período eleitoral, numa tentativa de mostrar o peso de nossos votos. Afinal, não estaremos votando para eliminar um participante em um reality show, nem escolhendo o melhor jogador de uma partida de futebol. Estaremos utilizando de um mecanismo social poderoso, por vezes ignorado e até mesmo desrespeitado, e que, justamente por sua importância, se vale como dever do cidadão – e não apenas um direito. Por isso, digo que a educação sobre Política, num sentido amplo, deveria estar contida nos planos de ensino (assim como outros ramos, como educação Financeira, Cidadania e Empreendedorismo, mas esta já é outra pauta). Não deveria ser o caso de relembrarmos conceitos, e de modo bem superficiais, a cada dois anos, até porque a política nunca para; e serão estes “representantes” que ditarão muito do que será de nossos dias. Assim, o destino dos votos em branco/nulos ou o motivo de alguns candidatos (para deputado e vereador) receberem mais votos que outros e não serem eleitos poderiam até surgir numa conversa, mas como opinião e não desconhecimento do tema.
Talvez estes possa ser nosso futuro, mas, hoje, a realidade é outra. E foi com base neste entendimento, que propus a um amigo que me auxiliasse na elaboração de um “guia” para conseguirmos escolher o candidato para nos representar. Claro que é algo opinativo, e longe de ser impositivo. Portanto, trago-o mais como um convite à reflexão:
1) Escolha alguém que defenda suas bandeiras: Naturalmente, temos interesses por alguns temas. Em nossa própria rotina, alguns conceitos são mais abarcados que outros. Uma pessoa que trabalha com Educação, consegue observar melhor as demandas existentes, o que precisa ser melhorado e o que deveria ser reformulado. É pertinente que candidatos ligados à Educação sejam mais atrativos. Isto vale para uma infinidade de assuntos, como questões sociais, profissionais ou os próprios ideais partidários. Portanto, faça este primeiro filtro: “O candidato X entende a demandas que julgo serem importantes, sobretudo para o meu dia a dia?”
2) Escolha um candidato da região: Este segundo conceito é utilizado nos temas de reforma eleitoral que visam mudar o sistema de votação (no caso de deputados federais e estaduais), alterando o sistema proporcional (atual) para o sistema distrital, em que o território em questão (o estado de Minas Gerais, por exemplo) é subdivido em pequenas regiões, para que saiam representantes de todos os lugares e não haja concentração de eleitos apenas dos grandes centros. É um modelo falho, justamente pensando no tópico anterior, já que nem sempre haverá alguém que pense como você sobre um tema na sua região. As bandeiras ideológicas rompem barreiras territoriais. Porém, é fundamental também buscarmos por representantes locais, que entendam as demandas da nossa região. E não apenas alguém que nasceu na região ou aparece a cada 4 anos, mas alguém que compreenda a realidade dos conterrâneos.
3) Conheça o histórico político do candidato: É fundamental entendermos onde este candidato está inserido. Assim, vale muito a análise do partido que este candidato faz parte, quem são seus colegas (afinal, no sistema distrital, antes de votar no candidato, o eleitor está depositando o voto no partido) e, principalmente, qual é seu histórico político. Não significa que o candidato já precisa ter sido eleito alguma vez, até porque eu mesmo sou grande entusiasta de renovações entre os eleitos, mas sim em ver o seu comportamento político e técnico. As campanhas eleitorais maquiam muito o passado dos candidatos.
4) Optem por candidatos que compreendam, essencialmente, o cargo que estão pleiteando: É comum o discurso vago, daqueles “quero ajudar a população”, mas sem entender como é, na prática, e quais as funções do cargo. Precisamos, cada vez mais, de pessoas qualificadas, capazes de fazer a diferença aonde estiverem. Não precisamos de famosos, polêmicos ou amigos, simplesmente por serem.
5) Escolha candidatos que “comuniquem” entre si: Vamos votar, nesta ordem, para Deputado Federal, Deputado Estadual, Senador, Governador e Presidente. Deve haver uma simetria de posicionamento entre seus candidatos, afinal muito do que for dito por um reverbera no trabalho do outro. Quando encontramos esta simetria, fazemos com que nossos votos tenham mais coerência.
6) Por fim, some todas estas reflexões para filtrar o “candidato ideal” para você. É muito possível encontrar ótimos representantes que preencham estes requisitos.

Por: Lucas Filipe Toledo |
lucasfilipetoledo@yahoo.com.br

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