A tempestade da última sexta-feira, dia 3 de novembro, trouxe transtornos para a zona rural e urbana do município. Os moradores ficaram sem energia elétrica, o que também ocasionou a falta de água. O sistema de captação é feito por bombas movidas a energia e o gerador reserva por motivos ignorados não teve como ser acionado.
Nas redes sociais e grupos de WhatsApp, as cobranças para as duas empresas que prestam serviços foram muitas.
A terceirização dos serviços trouxe uma mudança no perfil da Cemig e da Copasa, o que vem desagradando os usuários.
“Antes tínhamos o escritório da Cemig, acontecia alguma coisa íamos lá e o profissional uniformizado da Cemig atendia a gente. Agora não tem com quem falar, os serviços on-line são péssimos e só falam que o sistema está sobrecarregado e em breve a gente vai ser atendido”, desabafou uma produtora rural do bairro da Palmeia que não quis se identificar.
No comércio os prejuízos se arrastaram até a segunda-feira por conta da falta de água. Restaurantes e bares não abriram. “Tivemos um prejuízo, pois a cidade estava cheia por conta do feriado, mas como abrir sem água? Cozinha e banheiro precisam de água pra funcionar”, relatou o dono de um restaurante de grande porte de Muzambinho.
A falta de energia e água trouxe transtornos para moradores. “Quem tem criança e pessoas doentes em casa passou um sufoco, aqui tivemos que buscar ajuda nos amigos que moram na área rural e tinham água. Minha mãe fica na cama e tenho um bebe de dois meses, impossível ficar sem agua, um transtorno que também coloca em risco nossa saúde, pois a água que chegou depois da interrupção foi de uma qualidade bem duvidosa, estava suja”, relatou a dona de casa moradora do Jardim Altamira.
Em hotel da cidade, o gerente desabafou com a falta de água no estabelecimento, prejudicando os hóspedes que inclusive ficaram sem banho e muitos nem quiseram pagar a estadia.
A Câmara de vereadores e a prefeitura fizeram reuniões para cobrar uma ação mais efetiva no município das duas empresas estatais.
O Distrito rural do Moçambo foi um dos mais prejudicados.
Ainda nas redes sociais, o prefeito Paulinho Magalhães questionou o por que da Copasa estar sem geradores na cidade. Ele pediu tomadas enérgicas junto a direção da estatal, já que a terceirização deixa um trabalho de péssima imagem no município. Disse que chegaram dois geradores após o problema ter acontecido e prejudicado centenas de munícipes.
A Cemig explicou que quem teve problema com a falta de energia e precisa ser ressarcido pode acionar a empresa. Já a Copasa informou que disponibilizou para o município caminhões-pipa até que a situação fosse normalizada em diversos bairros.