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Era 2015 quando a palavra Ubuntu me foi apresentada e desde então a carrego comigo. Foi através de um vídeo que compartilharam, desses que chamamos de ‘virais’, em que um homem conta uma pequena história: Um antropólogo estava estudando os costumes de uma tribo africana e, já no final de sua jornada, resolveu propor uma brincadeira às crianças locais. Colocou um cesto cheio de doces sob uma árvore e disse que a criança que chegasse primeiro ficaria com todos aqueles doces. Quando disse “já”, todas as crianças se deram as mãos e correram, juntas, ao cesto. Surpreso, o antropólogo pergunta porque fizeram aquilo e então recebeu a seguinte resposta: “Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?”. Trata-se de uma narrativa fictícia que tenta explicar o sentido desta palavra, que não possui tradução literal. Existe, porém, uma expressão que sintetiza muito bem seu conceito: Sou quem sou porque somos todos nós!
Aquilo me cativou e fui pesquisar mais a respeito, até que me deparei com informações de que nomes importantes da história da África do Sul, como Nelson Mandela e Desmond Tutu, tratavam desta filosofia, ou melhor, deste conceito ético. Ambos laureados com o Nobel da Paz, foram figuras importantes na luta contra o apartheid e trouxeram, justamente, o conceito de ubuntu para buscar uma reconciliação nacional. Mandela, em uma entrevista, disse: “Respeito. Cortesia. Compartilhamento. Comunidade. Generosidade. Confiança. Desprendimento. Uma palavra pode ter muitos significados. Tudo isso é o espírito de Ubuntu. Ubuntu não significa que as pessoas não devam cuidar de si próprias. A questão é: você vai fazer isso de maneira a desenvolver a sua comunidade, permitindo que ela melhore?”
O entendimento de ubuntu pode ser aplicado em diversos aspectos. Seja nos comportamentos familiares, seja nas relações sociais. Afinal, é preciso entender que o mundo não é uma ilha e nós precisamos dos outros para sermos nós mesmos. Tanto este vídeo que menciono acima como as abordagens de Mandela e Desmond Tutu, ou ainda os mais diversos conteúdos referidos ao tema, fazem com que uma grande reflexão apareça: Será que estou agindo sob este conceito no meu dia a dia, no ambiente de trabalho, na comunidade, na família?
Devemos, pois, nos afastar de valores egocêntricos e nos aproximar do compartilhamento, da empatia e da humanidade. Por isso, apenas desejo Ubuntu para todos nós, por dias melhores!

Por: Lucas Filipe Toledo | lucasfilipetoledo@yahoo.com.br

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