Documentos pedem apuração dos transtornos causados no primeiro dia de cobrança de pedágios na rodovia 459
Os deputados Ulysses Gomes (estadual) e Odair Cunha (federal) notificaram o Ministério Público para que sejam tomadas providências cabíveis para investigar e resolver as ocorrências relacionadas ao pedágio na BR-459, assegurando o integral cumprimento do contrato e a proteção dos interesses dos cidadãos que utilizam a rodovia. Os ofícios foram encaminhados para as promotorias de Belo Horizonte, Pouso Alegre, Santa Rita do Sapucaí e Poços de Caldas.
Na segunda-feira (9/10), a EPR Sul de Minas, concessionária que administra a pista, deu início à cobrança do pedágio no local, com praças em Santa Rita do Sapucaí, Caldas e Senador José Bento. O início da cobrança vem gerando caos, desorganização, longas filas para acessar as catracas, além de buzinaço de motoristas que passam pelos trechos revoltados com a alta espera e ao preço caro do pedágio. A tarifa varia entre R$ 4,60 e R$ 9,20 para motos e carros, em algumas situações a cobrança pode chegar a até R$ 92.
Antes de enviar o ofício ao Ministério Público cobrando a investigação, o deputado Ulysses Gomes teceu duras críticas ao governador Romeu Zema. A autorização para a cobrança do pedágio foi publicada no Diário Oficial do Estado no último sábado (7/10). “É um absurdo o que o Governo de Romeu Zema faz com o povo mineiro. Amante que é das privatizações, o governador não pensa duas vezes para entregar nossas rodovias a empresários. É esse o jeito ‘Novo’ de fazer política: sucatear as estradas, fugir de suas responsabilidades e transferir a conta, bem alta por sinal, para a população. E isso em estradas que sequer receberam melhorias. Aliás, nem mesmo algumas praças de pedágio foram concluídas”, criticou o parlamentar.
Na mesma linha, o deputado federal Odair Cunha também fez questão de expor os absurdos praticados pelo governo de Romeu Zema, com o abandono das rodovias mineiras para justificar a necessidade de concessão. “Além do pedágio ter um valor caro, a pista não tem nenhuma melhoria. O governador deixa as estradas serem precarizadas, abandonadas e, com essa precarização, cria-se a justificativa do seu governo que é necessário fazer as concessões das rodovias. No entanto, essas concessões não refletem em uma melhoria real na trafegabilidade das nossas rodovias. Há uma verdadeiro abandono das estradas de Minas Gerais. Vamos exigir que esse contrato seja fiscalizado”, denunciou o deputado.
(ASCOM)