Não são tantos os problemas com impasses mais urgentes no Brasil do que lembrar a tragédia ocorrida na UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina. Este país vem caminhando, de maneira acelerada, para o estado de ditadura protagonizado pelo poder judiciário ao utilizar de meios indignos em que se destacam, pela ordem: arbítrio, desrespeito, truculência e burrice. Prenderam o Reitor da UFSC Luiz Carlos Cancellier sob a acusação de que estaria dificultando as investigações sobre o sumiço de 80 milhões de reais. Os jornalões e as tvs do país se incumbiram em ajudar a jogar o nome de Cancellier na lama. Mas, sabe-se que a acusação não passou de especulação. E cancellier foi submetido a humilhações por conta de tal embuste. Liberto da prisão, ele ficou proibido de entrar na Universidade. No dia 2/10/17 matou-se, aos 60 anos, jogando-se do sétimo andar de um shopping de Florianópolis. No bolso da calça trazia um bilhete escrito à mão: “A minha morte foi decretada quando me baniram da Universidade”. – Não são os fins que justificam os meios, mas o contrário: os meios indignos corrompem e envelhecem os fins. – É isso.
Paulo Augusto de Podestá Botelho é Professor e Escritor.
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