Inovar é a palavra-chave para o ano que se inicia. E inovação é ferramenta mais apropriada para quem quer empreender alguma coisa. Fazer coisas novas – ou fazer coisas antigas de maneiras novas – é o modo com que um empreendedor explora as mudanças em termos de oportunidades. Transformar ideias inovadoras em uma atividade lucrativa é a essência de um empreendimento. É bem verdade que certos empreendimentos – muitas vezes – não vão em frente porque alguns empreendedores não sabem o que estão fazendo ou pretendem fazer!
Pablo Casals, notável maestro e violoncelista espanhol, sempre soube o que fazer com o seu violoncelo. Pouco antes da sua morte em 1973, ele deu um concerto para a fina flor da aristocracia europeia, em Viena. No decorrer da execução de uma Ária de Bach, duas cordas se romperam do violoncelo; e Casals continuou tocando – e melhor – com as outras duas cordas! Terminada a apresentação, as pessoas foram lhe cumprimentar e indagar como ele conseguira tamanha proeza. E ele, respondeu: “É possível obter sonoridade e inovar com o que restar!”
Um empreendedor precisa ser um dirigente. E um dirigente é aquele que pensa como um maestro pensa os músicos de uma orquestra, isto é: como indivíduos cujas habilidades pessoais contribuem para inovar uma obra. A relação entre superior e subordinado precisa ser parecida com a relação entre o maestro e o músico; entretanto, não é bem o que se vê em uma empresa convencional! Na empresa baseada na inovação e no conhecimento, o superior hierárquico precisa saber fazer o serviço do subordinado; assim como o maestro precisa saber tocar algum instrumento que o músico toca. É isso.
Em 2023 sejam felizes, meus caros leitores; e procurem ajudar os outros a serem felizes!
Paulo Augusto de Podestá Botelho é Professor e Escritor.
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