Quando o chinês Tsai-Lun inventou o papel em 105 d.C. não imaginou que estaria entrando para a história com uma das descobertas mais importantes da humanidade, pois o papel, seja lá qual for a sua finalidade, vai continuar sendo indispensável para a vida pessoal ou profissional de qualquer pessoa. Ele é importante para o registro da compreensão em todas as circunstâncias. E o livro, sempre feito de papel, nunca vai deixar de existir!
Em Rádio-Amador usa-se o termo QSL que quer dizer “compreendido”. Esta e mais oito Siglas fazem parte do “Código Q”, criado em 1912 para facilitar a compreensão entre os operadores de rádio de diferentes línguas. Depois da sua invenção, o “Código Q” ficou popular entre os que usam o rádio como meio de comunicação; é o alfabeto fonético.
Acho fundamental a utilização correta da linguagem falada e escrita. Sempre me lembro da recomendação do escritor Otto Lara Resende: “Fale como você escreve; e escreva como você fala!” Na verdade, fala-se ou escreve-se um “Nhengatu” (leia-se língua do povo) neste país Tupiniquim! Segundo especialistas, é a língua criada pelos padres jesuítas, com base na língua Tupi e organizada a partir da gramática portuguesa. – A nossa pobreza de sintaxe gramatical vem daí! Tem sujeito e verbo a comunicação cotidiana que se pratica; falta objeto e complemento. Não é demais exemplificar: Ainda tenho alunos de Pós-Graduação que têm dificuldades em formular uma frase com sujeito, verbo e predicado!
É por meio da correta comunicação que podemos construir pontes por cima do abismo dos nossos desentendimentos. – Algumas vezes ganhamos, outras, aprendemos com a dinâmica das palavras! – É isso.
Paulo Augusto de Podestá Botelho é Professor e Escritor.
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