Acabo de receber e-mail de um leitor, dirigente de empresa, que pergunta: “Por que você não escreve com mais frequência sobre problemas de empresas?” – Então, vamos lá. Hoje vou escrever sobre regras não escritas em empresas. – Só algumas! Todas as empresas têm regras que não são escritas, tampouco discutidas. Tais regras referem-se às expectativas e aos comportamentos de chefes e funcionários; e podem desempenhar papéis de sucesso ou fracasso. Uma vez que as regras não escritas não são explícitas, você precisa montá-las por meio de tentativa-erro (ou ensaio-erro). “Para um bom entendedor basta um olhar!” – já dizia a minha avó a dona Balbina Bueno Alves de Podestá. Você, caro leitor, não pode deixar de levar em conta o poder das regras não escritas. Em muitas empresas, elas são tão ou mais importantes que as regras escritas documentadas nos manuais de procedimentos. Quanto mais favorável for a sua imagem pessoal de dirigente junto aos seus colegas, maiores serão as suas oportunidades em liderá-los. Portanto, cultive o apoio deles. Você, na verdade, nunca sabe a quem vai se reportar no futuro. É o que ensina o velho ditado: “Seja agradável com as pessoas na subida, pois você pode encontrá-las na descida!” Um dirigente astuto mantém uma boa quantidade de relacionamentos na empresa; com todos e de maneira amistosa. Entretanto, duas coisas importam, e muito:
1. Ande pela empresa. Quem anda pelos corredores tende a ser mais conhecido do que quem não o faz. Retorne os telefonemas e as mensagens de e-mails. Assim, você não só tem a chance da comunicação face-a-face com quem lhe enviou mensagens, como, também, pode ir parando em suas caminhadas para falar com as outras pessoas de suas relações.
2. Informação é poder. Você pode constatar que alguns dos seus colegas anseiam pela mais recente informação. Com certeza, você pode ser a pessoa mais adequada para captar e transmitir ordens ou determinações a seus pares e subordinados. O que importa é a colocação fonética (leia-se fala) em termos de significado literal. Quem não pode compreender um olhar, tampouco vai compreender uma longa explicação. – É isso.
Paulo Augusto de Podestá Botelho é Professor e escritor.
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