Das Pás dos Moinhos

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Ainda um menino, fiquei com a convicção de que Don Quixote foi um sujeito corajoso que saía pelo mundo afora a tentar refazer tudo o que estivesse errado, proteger os desvalidos, impedir a violência e, sobretudo, preservar a vida. Na batalha dos moinhos de vento, Don Quixote e seu escudeiro Sancho Pança chegam a um lugar onde havia mais de sessenta moinhos. E Quixote diz a Pança que dezenas de míseros gigantes estavam por lá e ele iria combatê-los. Mas, Pança sugere a Quixote observar melhor, pois não eram gigantes, apenas moinhos de vento com as suas pás.

Ambientalistas têm um pouco desse Don Quixote. Somos aqueles que insistem em fazer brotar, do chão árido, uma singela flor!

Mia Couto, escritor moçambicano, em seu livro “O Último Voo do Flamingo” tenta entender o que aconteceu com o seu país cuja história coletiva foi consumida pela ganância dos poderosos e, também, pela ignorância cívica de seus habitantes. Ele relata a história dos flamingos que desapareceram, para sempre, de Moçambique; justo esses pássaros reconhecidos como eternos anunciadores da esperança!

Tragédias como a de Brumadinho em Minas Gerais e das enchentes no Rio Grande do Sul não podem mais ocorrer; especialmente quando se tem no comando certas autoridade desprovidas de capacitação técnica e interpessoal.

A natureza – seja ela qual for – tem um certo componente feminino: às vezes não sabe se defender, mas sempre sabe se vingar! 

– Das pás dos moinhos à paz na Terra!

 

Paulo Augusto de Podestá Botelho é Professor e Escritor.

Visite o Site https//paulobotelhoadm.com.br

 

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