Já faz um bom e longo tempo, um amigo, avançado em idade, pediu para ser cremado assim que “batesse as botas!” – Não demorou muito até que “aquela senhora da foice” chegou para lhe ceifar a vida. Naquele tempo uma cremação só era possível na Vila Alpina, em São Paulo. De lá, os familiares saíam com um pote contendo as cinzas; e preocupados com as recomendações do morto. Entretanto, nem sempre as recomendações – até hoje – são levadas a sério. As cinzas desse meu amigo acabaram indo repousar na prateleira da despensa da casa. Depois de algum tempo, o pote, esquecido, foi aberto pela cozinheira que aprova o conteúdo como tempero para o feijão! – Não se soube qual foi o efeito do feijão batizado. Todavia, parece que tal prática não seja lá tão incomum!
Embora uma cremação seja uma solução higiênica, a pergunta que fica é: Como seria o Dia da Ressurreição dos Mortos? – Acho que nem o Papa tem a resposta!
Aí, eu que não ando nada bem de saúde, fico a pensar em Lázaro, cuja ressurreição seja um dos milagres de seu amigo Jesus, relatado em João 11:3 -46, no qual o Redentor o traz de volta à vida depois de 4 dias sepultado! – “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita em mim, ainda que esteja morto, viverá!” – E Jesus chorou. É mesmo de arrepiar! – Quem pode dizer tal coisa é porque tem poder; inclusive sobre as cinzas! – É isso.
Paulo Augusto de Podestá Botelho (Paulo Botelho) é Professor e Escritor.
Leia a crônica “Um Multiplicador da Vida Sustentável”. Disponível em meu Site https//paulobotelhoadm.com.br