Uma troca da literatura pela agricultura

Share on facebook
Facebook
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on email
Email
Share on print
IMPRIMIR
Share on facebook
Share on whatsapp
Share on email
Share on print

Filho de um casal de imigrantes libaneses, Raduan Nassar nasceu em novembro de 1935; e acaba, portanto, de completar 90 anos. Com apenas três livros publicados que não somam 400 páginas, Raduan conquistou espaço importante na literatura brasileira e latino-americana. Segundo a crítica especializada, a obra de Raduan Nassar é comparável a do mineiro Guimarães Rosa, a do mexicano Juan Rulfo e a do argentino Julio Cortázar. Eu li, apenas, “Menina a Caminho”, uma coletânea de contos publicados em 1997. – Os contos de “Menina a Caminho” exploram temas recorrentes na obra de Raduan: o conflito entre desejos e sociedade, e a identidade  constituída pelos afetos e os dilemas das pessoas. Os temas são tratados por meio de uma prosa lírica; o que se tornou uma característica do autor. Porém, (e sempre há um porém) no auge de uma carreira reconhecida e ganhar o Prêmio Camões de 2016, Raduan resolveu parar de escrever. – Por que parou? – Tal pergunta continua sendo um enigma inexplicado. – O também premiado escritor Milton Hatoum, amigo de Raduan, disse que ele passaria a arar outras terras, trocando a literatura pela agricultura em um sítio de sua propriedade na cidade de Buri, estado de São Paulo.

A literatura está sobrecarregada, já faz tempo, de gente que não sabe escrever. É enorme a quantidade de livros sem qualidade publicados – e a publicar – neste país primário no qual o Congresso Nacional é o seu porta voz mais vociferante!

 

Paulo Augusto de Podest´Botelho (Paulo Botelho) é Professor e Escritor.

Leia a crônica “Um Multiplicador da Vida Sustentável” que você pode encontrar, se quiser, em meu Site https//paulobotelhoadm.com.br

 

Notícias Recentes