É bem possível que o caro leitor (ou leitora) – jovem e que pretende ser dirigente de empresa – não tenha lido (no Primário ou no Secundário) o livro “Alice no País das Maravilhas” de autoria do escritor e fabulista inglês Lewis Carrol. – Mas, se você leu, talvez se lembre do diálogo entre Alice e o Gato sobre a importância de ter objetivos: “Por favor, poderia me dizer qual o caminho para eu sair daqui? – Depende muito de para onde você quer ir! – Responde o Gato. – Não importa muito para onde! – Diz Alice. – Então, não importa muito o caminho! – Responde o Gato. – Desde que chegue a algum lugar! – Acrescenta Alice. – Ah, mas com toda a certeza você chega, se caminhar bastante! – Conclui o Gato.”
Não demanda esforço para se chegar a qualquer lugar; é só não fazer nada e num instante chega lá. No entanto, se quer chegar a algum lugar importante, primeiro precisa saber aonde quer chegar. E depois que decidir, deve fazer planos sobre como chegar lá. Essa prática é tão verdadeira nas empresas como na vida cotidiana das pessoas. Por exemplo: Suponha que você tenha a intenção de abrir um negócio. – O que fazer para implementar essa intenção? Três são as alternativas: 1. Uma ação não orientada por objetivos. 2. Uma ação planejada e orientada por objetivos. 3. Uma ação orientada por esperança e muita reza. – Qual é a alternativa com maiores chances de conseguir seus objetivos? – Vamos lá, dê um chute! – Se o chute foi a ação não planejada e não orientada por objetivos, você perdeu um precioso tempo. – Se o chute foi por ação planejada e orientada por objetivos, você acabou de ganhar uma estrela de ouro. – Se o chute foi a ação orientada na base de esperança e muita reza, minha avó a dona Maria de Luna Botelho dizia que Deus ajuda só quem trabalha! – Sem entrar em discussão filosófica, acredito que as pessoas têm mais motivação quando são desafiadas a atingir objetivos que superem os seus níveis normais de desempenho. – Os objetivos não apenas fornecem um senso de determinação, como aliviam o tédio de executar tarefas de rotina. – É isso.
Paulo Augusto de Podestá Botelho é Professor e Escritor.
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