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Isto também é cultura, madrugada adentro entre cinco e seis horas na manhã éramos acordados pela tradicional ‘alvorada’. Soar dos sinos, foguetes e o entoar de músicas sacras. Era o prenúncio do início das festas religiosas e de outros eventos civis. Muitos fiéis e moradores acompanhavam e alguns aderiam ao ponto de partida dos festejos com a queima de fogos, os populares rojões de um e três tiros. Assisti muitas vezes da minha vivida infância jacuiense, acompanhando minha querida mamãe, a dona Nega esperta, atenta, lá da praça da matriz onde morávamos.  Com o tempo este costume foi diminuindo e hoje em dia não se comemora mais. Há quem goste e defenda o uso como forma de festividade religiosa ou familiar e os que reclamam do barulho inoportuno e fora de hora, em defesa do medo dos animais, crianças e o sossego de idosos e enfermos. Apesar de tudo isso, acima até de legislação, o ‘bom senso’ é indicado como regra às partes. Mas que era bom, esperado e bonito, festiva a anunciação a desoras, há isto era. Acho que as “alvoradas” foram interrompidas, face às reclamações intransigentes e desinteresse dos dirigentes de plantão. Acho ainda que eles não tinham esse direito, se fosse o ano todo, todo dia, ninguém gostaria. Até os Santos ficaram menos felizes. Somos pelo retorno das faladas “alvoradas”, afinal são somente duas a três vezes no ano e desordens, confusões, falta de silêncio e ruídos por desavisados na madrugada, incomodam muito mais.

Fernando de Miranda Jorge

Acadêmico Correspondente da APC

Jacuí/MG – e-mail: fmjor31@gmail.com           

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