Foi Hanna Arendt, filósofa judia de origem alemã, que desenvolveu o que chamou de “Banalidade do Mal”, aprofundado por ela no livro “Eichmann em Jerusalém”. Responsável direto pela “Solução Final”, Eichmann não é entendido por Arendt como um monstro, mas apenas como um zeloso funcionário que foi incapaz de resistir às ordens recebidas. – O mal torna-se assim banal; e não é considerado algo surpreendente, fruto de mentes doentias, mas como um aspecto trivial da sociedade. De modo especial e contínuo, hoje em dia, isso pode ser visto com bastante clareza nas redes sociais da Internet. – É a capacidade de certas pessoas em desorganizar-se para organizar as suas torpezas! Dia desses fui assistir ao filme “Ainda estou aqui” dirigido pelo cineasta Walter Salles. Há uma cena determinante de um zeloso funcionário da tortura: Eunice, a mulher do Rubens Paiva, protagonizada pela atriz Fernanda Torres, ao ver na sala de sua casa um dos 4 torturadores, pergunta: “O que você faz na vida?” – Resposta carregada de hipocrisia: “Sou especialista em parapsicologia!” – Antes da hipocrisia vem a pobreza de espírito, o primarismo e a estupidez a gerarem covardia em constante realimentação! A “Banalidade do Mal” pode ser levada adiante por qualquer indivíduo! O governo gasta R$ 140,2 (cento e quarenta mil e duzentos reais – por mês – com os assassinos de Rubens Paiva; valor que inclui os descendentes desses bandidos!
– O passado não é aquilo que passa; é aquilo que fica do que passou! – É isso.
Paulo Augusto de Podestá Botelho é Professor e Escritor.
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