“Mas, e na prática, como fica a Ecologia Industrial?” – Pergunta recorrente da maioria dos alunos de Pós-Graduação (Stricto Sensu ou Lato Sensu) que não se dão ao trabalho de pesquisa!
A Ecologia Industrial tem por objetivo reduzir a demanda por matérias-prima, água, energia e devolução de resíduos à natureza por meio da integração de processos; de tal forma que resíduos e subprodutos possam servir como matéria prima. O sistema industrial, portanto, passa a ser produtor de resíduos. E os limites de uma empresa se estendem até o meio ambiente exigindo que produtos e resíduos sejam compartilhados por outras empresas. Por mais que os processos de combate à poluição melhorem, sempre haverá necessidade de matérias-prima e sempre haverá geração de resíduos ou subprodutos.
Vejamos, então, um exemplo prático: Produção de Cerveja. Algo bem ao gosto deste país tupiniquim! É na Namíbia, país situado na África Austral, que as cervejarias aderiram, faz tempo, a programas de reutilização de sólidos e líquidos. Os resíduos sólidos das cervejarias de lá são usados como substratos para o cultivo de cogumelos nos mercados. Para que? Para criar minhocas que são vendidas aos criadores de galinhas! E a água daquelas cervejarias é utilizada para alimentar criatórios de peixes em larga escala de reprodução. Simples!
Mas, por quê isso ainda não foi possível fazer no Brasil? Ora, porque os três capitalistas cariocas: Jorge Lehman, Marcel Telles e Beto Sucupira, donos de todas as cervejarias brasileiras, não têm nenhum interesse em reaproveitar os resíduos e subprodutos das suas cervejarias. No momento, eles estão às voltas com o intenso bombardeio dos acionistas das Lojas Americanas!
Paulo Augusto de Podestá Botelho é Professor e Escritor.
Visite o Site https//paulobotelhoadm.com.br