“A vida só se dá a quem se deu!” – disse o poeta Vinicius de Moraes. E a vida é algo imanente, pois está de forma inseparável contida na natureza ou no Meio-Ambiente. Uma Ecologia Social quer – e requer – o ambiente inteiro. Ela insere o ser humano e a sociedade dentro da natureza. Preocupa-se não apenas com o arranjo das cidades, com melhores ruas, avenidas e praias, mas prioriza o saneamento básico, uma boa rede escolar e um serviço decente de saúde. Ela busca por um desenvolvimento sustentável, em que se atenda às carências básicas das pessoas – aqui e agora – sem sacrificar o capital natural da Terra. Mas, o tipo de sociedade construída nos últimos 60 anos impede que se realize um desenvolvimento sustentável. – “Mata a energia ao impor um modelo de desenvolvimento que pratica, de maneira sistemática, a pilhagem dos recursos da Terra e explora a força de trabalho!” – disse o sertanista Orlando Vilas-Boas.
Sêneca, o filósofo grego, comparou os seres humanos a cães na coleira, puxados em várias direções pelas necessidades da vida. E é verdade: quanto mais resistimos contra o que é necessário, mais somos estrangulados! – Antes, a questão era descobrir se a vida precisava ter algum significado para ser vivida. Agora, ao contrário, fica constatado que ela será vivida mesmo quando não tiver nenhum significado! – Todavia, a esperança continua sendo crônica! – É isso.
Paulo Augusto de Podestá Botelho é Professor e Escritor.
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