Foi no cruel mês de Agosto de 1945 que o governo americano mandou despejar uma bomba atômica sobre a cidade japonesa de Hiroshima. A bomba era de Urânio-235 e tinha uma potência estimada de 16 quilotons (1 quiloton = 1.000 toneladas de TNT); e explodiu a uma altura de 570 metros do chão provocando uma nuvem de fumaça que alcançou 18 quilômetros de altura. Isso resultou na morte de mais de 80.000 vítimas imediatas e um total de mais de 140.000 mortes em decorrência das queimaduras e dos ferimentos causados pela explosão e dos danos pela exposição à radiação. “America way and Life” (América Caminho e Vida): Nada mais que as duras patas do Imperialismo dos Estados Unidos sob o espectro da energia nuclear! A história está cheia de exemplos (esse é um deles) que contam como os regimes totalitários atrapalham o pensamento reduzindo o número e o significado das palavras. Não há possibilidade de sobrevivência humana sem que existam pessoas para contar (ou lembrar) o que acontece. A brutalidade do mal transmuta-se no mal da banalidade, disse a historiadora israelense Hanna Arendt. Em seu poema “A Rosa de Hiroshima”, Vinicius de Morae insiste: “Pense nas crianças, mudas telepáticas; Pense nas mulheres, rotas alteradas; Pense nas feridas, como rosas cálidas!” No poema, a bomba atômica é comparada com uma rosa, porque, quando explode, resulta na imagem de uma rosa a desabrochar. A rosa está relacionada com a beleza; no entanto, a Rosa de Hiroshima remete ao horror do desabrochar produzido. – O passado não é aquilo que passa; é o que fica do que passou!
Paulo Augusto de Podestá Botelho é Professor e Escritor.
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