Uma das perguntas – ou pegadinhas – que os psicólogos fazem em dinâmicas de grupos de seleção de candidatos a empregos é: Que animal você seria ou com qual você mais se identifica? a) Leão – b) Javali – c) Gato – d) Onça. Se escolheu o gato, o “diagnóstico” não é nada bom, pois você fica rotulado com um político que gosta de atrair atenção, mas enrosca quando interpelado; isso além de dissimulado como o gato. Coitado do gato, sempre visto como dissimulado! – Quem tem gato não vai concordar com tal “avaliação”. Os gatos sempre fizeram muito bem para os humanos. Na cidade de Paris, por exemplo, eles são numerosos e sempre devoram os ratos por lá que chegam a ter o tamanho de um cachorro – animais vetores de leptospirose – que saem dos subterrâneos para as ruas. – Já aqui na Botocúndia (leia-se Brasil) é melhor deixar pra lá! Há um outro teste de dinâmica de grupos que acabei achando até bom; e que encontrei publicado numa revista do Instituto de Psicologia de Yale, Estados Unidos. Consta no teste um ítem que traduzo e adapto: É dia de chuva intensa na cidade, muita enxurrada. Você está passando com o seu carro em frente a um ponto de ônibus. Lá têm três pessoas aguardando: uma mulher com seu filho no colo que precisa ser levado a um hospital; um médico devidamente paramentado para o trabalho; e uma mulher que você conhece e que, no passado, foi o grande amor de sua vida. Você pára o carro para ajudar. O teste exige que você escolha só duas pessoas, pois o seu carro é muito pequeno. Resposta de um candidato a emprego: “Eu entregaria a chave do carro ao médico que levaria a mulher e sua criança ao hospital; no trajeto ele deixaria a mulher que amei em um um outro ponto mais seguro. – E eu pegaria aquele ônibus!” O candidato foi contratado. – A generosidade sempre traz a surpresa do inesperado!
Paulo Augusto de Podestá Botelho é Professor e Escritor.
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